quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Missão social de Maria

Numa hora de adoração, no final de 1954, o bem-aventurado Tiago Alberione entregou a Maria o Santuário, como agradecimento à Virgem pela proteção durante a guerra, e fez esta oração:

"Tu, ó Maria, tens uma missão social:
Primeiro: santificaste uma casa, domicílio das virtudes domésticas:
 guarda a primeira sociedade que é a família.
Segundo: deste início à vida religiosa, com o voto de virgindade
 e a observância de uma perfeita obediência e pobreza:
guarda a sociedade religiosa.
Terceiro: carregaste nos braços a Igreja nascente,
sociedade sobrenatural instituída pelo teu Filho Jesus:
guarda a Igreja.
Quarto: a ti foi confiada a humanidade, da qual és mãe espiritual e que deve irmanar-se numa sociedade supranacional: graças a Ti, se unem os homens na verdade, caridade, justiça:
guarda a Sociedade das Nações.
Quinto: Em Jesus Cristo és a Mãe da civilização,
que brota do Evangelho e se realiza na obra da Igreja:
guarda a verdadeira civilização".

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

AULA A DISTÂNCIA - Maria no livro "Abundantes Divitiae gratiae suae"


Viviane, Ana Karla, Ana Paula, Rosângela, Viviani

DIA 04/11/2009 - das 20h às 21h20 - Via MSN
Tema: Maria Rainha dos Apóstolos no “Abundantes Divitiae gratiae”, de Tiago Alberione.
Participaram: Rosângela, Viviani, Viviane e Ana Paula.
Moderadora: Ir. Patrícia Silva, fsp

Ir. Patrícia: Boa noite a todas. Vamos retomar nosso estudo por meio do livro do bem-aventurado Alberione  sobre a História Carismática da Família Paulina,"Abundantes Divitiae gratiae suae".
 Rosângela, quais são os verbos que Alberione usa no parágrafo 354 , referindo-se a Maria? Como viver o último verbo, hoje?
Rosângela: Os verbos são: seguir,amar e pregar. Acredito que hoje a melhor forma seria tornar Maria Rainha dos apóstolos conhecida a onde quer que formos, começando pela nossa família, depois nas paróquias aonde vamos realizar a missão, os desafios são muitos, porém, o meu amor por Maria e por seu filho Jesus irá ajudar cada uma de nós.
Irmã Patrícia:  Penso que "seguir", é consequência do "amar "e, "pregar", consequência dos dois primeiros verbos. Não se segue nem se fala de alguém a quem não se ama, não acha? E como cultivar este amor?
Rosângela: Conhecendo sempre mais, buscando praticar as mesmas virtudes que Maria viveu.

Ir. Patrícia: Viviani, comente parágrafo 181 e diga o que entende da última frase?
Viviani:  O apostolado Maria faz junto com Jesus. Por isso é co-redentora porque também ela participa da redenção; de uma forma especial, porque ela é a Mãe de Jesus. Da mesma forma, como Tecla é co-fundadora
Ir. Patrícia: OK! Você entende "co"? Como "com", "junto"?
Viviani: Eu entendo sim: junto com Jesus.
Ir. Patrícia: Pelo que senti na sua resposta é mais do que "junto". É participante! É isso?
Viviani: Sim, isso mesmo. Ela participa do apostolado e da redenção.
Ir. Patrícia: Então, Maria, para Alberione era muito presente na vida de Jesus e da Igreja?
Viviani: Maria era muito presente na vida de Jesus; foi a primeira discípula do seu Filho, e na vida da Igreja ela é a mãe.

Ir. Patrícia: Viviane, leia a Nota 56, do parágrafo 75 que fala do Templo à Rainha dos Apóstolos. Faça uma síntese.
Viviane: A Igreja Rainha dos Apóstolos encontra-se em Roma, perto dos edifícios em que os Paulinos e Paulinas residem. O templo foi construído por meio de uma promessa de Alberione a Maria Santíssima a promessa foi que ela protegesse os membros da família paulina durante a guerra de 1939-1945. Com a proteção materna de Maria nada aconteceu com a família paulina, por isso o templo foi iniciado e consagrado.
Ir. Patrícia: Quando foi consagrado?
Viviane: No dia 30-11-1954. A Igreja Rainha dos Apóstolos é santuário e centro de união espiritual da família paulina.
Ir. Patrícia: Você sabe, Viviane que o Santuário da Rainha é uma Paróquia?
Viviane: sim.
Ir. Patrícia: Fica entre as ruas Alessandro Severo e Antonino Pio. Agora vamos conversar com Ana Paula.

Olá, Ana Paula: Leu o parágrafo 182? Quer comentar a dupla anunciação. Como Maria continua hoje, dando Jesus ao mundo?
Ana Paula: Maria se apresenta em todos aqueles que se colocam a serviço do Reino a serviço da Palavra...
Ir. Patrícia: Isso mesmo!
Ana Paula:Através de tantos peregrinos levando uma mensagem da paz e de esperança através de seu trabalho apostólico nas comunidades, confiantes na presença materna de Maria, como diz Pe. Alberione " Maria os sustenta, os forma, os assiste e os coroa de frutos e de Glória no céu.
Ir. Patrícia: Encontrei seu comentário no blog. Lá você diz muito bem:
“O mundo precisa de Jesus Cristo Caminho, Verdade e Vida. Ela o dá por meio dos apóstolos e dos apostolados.”
Karla também enviou sua participação.
Karla: Boa noite, irmã Patrícia!No artigo 289 do AD: Segundo os Padres, Lucas aprendeu de Maria o que contou da vida privada de Jesus, a anunciação, a visita a Isabel, o nascimento, o encontro de Jesus no Templo e a submissão que Jesus tinha aos pais... e tb o crescimento em sabedoria e graça em Nazaré. mMria falou de Jesus aos apóstolos.
Ir. Patrícia: É hora de encerrar esta aula a distância que a meu ver foi muito proveitosa. Responda e faça a sua avaliação na enquete. Boa noite a todas, com as bênçãos de Maria, neste mês em que celebramos a festa litúrgica do bem-aventurado Tiago Alberione, no dia 26.

"Maria é  a Apóstola de Jesus: não com palavras somente,
 mas de mente, vontade e coração."

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

ATIVIDADE 5 - VIA HUMANITATIS

O opúsculo com o texto da “Via humanitatis” foi enviado a todos os membros da Família Paulina como “dom natalício” no Natal de 1947.
O que é Via humanitatis?
É uma oração que segue o modelo da “Via sacra”. Enquanto a “Via sacra” se desenvolve sobre um só segmento da paixão e morte do Salvador, a “Via humanitatis”, proposta por Padre Alberione, tem uma dimensão cósmica. O destino da pessoa humana – o seu “Caminho” – começa com a criação e a revelação natural, passa através da revelação sobrenatural da Bíblia, culminando na Encarnação de Cristo, continua na vida da Igreja e se conclui na parusia e na vida eterna.

Metodologia
Não é só uma oração, portanto, mas uma proposta teológica, baseada na doutrina de Jesus Mestre, Caminho, Verdade e Vida. Cada um dos 30 quadros dos quais é composta a “Via humanitatis”, tem um enunciado teológico (Verdade), uma invocação para assimilar o enunciado na vida concreta (Caminho) e uma oração (Vida).
A cada quadro são acrescentadas as referências bíblicas correspondentes, para facilitar a utilização durante a Hora de Adoração e a meditação pessoal.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

ARTIGO 1


EXISTE EM PE. ALBERIONE UMA MENSAGEM MARIANA PARA NÓS?
Pe. João Roatta, ssp (1913 –1985)

Apresentar a mariologia de nosso Fundador é, a meu ver, trabalho não isento de dificuldades. Para justificar a afirmação e favorecer, simultaneamente a compreensão de tudo o que ele nos deixou sobre
o assunto, pareceu-me oportuno relatar o suceder-se das impressões em mim despertadas e que me acompanharam durante o trabalho de seleção e esquematização de seus escritos sobre a Virgem Mãe.

Volumosa produção de escritos marianos

A pesquisa realizada em grande parte dos escritos do Pe. Tiago Alberione, a fim de descobrir-lhe as principais linhas de reflexão, induziram-me a assinalar, juntamente com muitos outros temas, também as passagens nas quais ele fala de Maria Santíssima. No fim, encontrei-me com um acervo de centenas de anotações, algumas das quais incluíam longas páginas e até livros inteiros dedicados pelo Pe. Alberione a Maria. Analisei já 1698 páginas nas quais ele fala expressamente de Maria ou a ela se refere de algum modo.

Num primeiro balanço do vasto material, achei-me diante de um aglomerado de elementos que se sucedem e repetem sem ordem ou com escasso planejamento crítico. Senti-me seriamente embaraçado e surgiu-me angustiosa a pergunta: Seria possível extrair desse volumoso acervo de páginas, algo de válido e original? Alguma coisa que possibilitasse estruturar as idéias mestras do pensamento mariológico do Pe. Alberione, que nós devemos assumir e promover no seio de nossa família religiosa e, eventualmente, pôr à disposição dos outros?

A pesquisa, contudo, punha em evidência uma constatação que não podia ser subestimada: em toda a sua produção literária, Alberione reservou lugar preponderante ao tema "Maria", o qual constitui a "constante" preferencial e indispensável da sua reflexão, ocupando lugar de primeiro plano até quantitativamente. Limitando-nos mesmo aos livros que escreveu, mais de metade são dedicados a Maria.

Uma segunda pergunta era, portanto, espontânea: como explicar sua insistência sobre "Maria", preferindo este a outros possíveis e plausíveis temas relacionados com sua missão específica? Em outros termos: que representa Maria para a missão específica do Pe. Alberione?

Outras fontes de pesquisa

A segunda pergunta sugeriu mudança de focalização. Fazia-se necessário, talvez, ter presente, além das 1698 páginas, o conjunto da figura e obra do Pe. Alberione, como a conhecemos ao longo de quarenta e seis anos. Ela nos facilitaria, talvez, a descoberta do verdadeiro sentido da sua devoção mariana e da eventual mensagem que nela se encerrava para nós.

Desfilava então, ante minha memória, suas fidelíssimas horas de oração diária, o número incontável de rosários - cujo cálculo seria certamente mais difícil do que o das frases escritas - e sua insistência sobre a devoção a Nossa Senhora, a indefectível introdução mariana para qualquer curso de exercícios espirituais ou retiros mensais ...Uma coisa sugere outra, ocorreu-me a idéia de reler as cartas que dele recebi durante minha permanência no Brasil (1955-1969). Descobri nela interessante veio mariano, no qual não tinha reparado, quando as cartas me chegavam espaçados no tempo. Descobri expressões interessantes e insistentes, condensadas em fórmulas breves, nunca repetidas, como: "Com rosários fervorosos e coroazinhas a São Paulo, achar-se-á uma solução; eu o faço daqui . "Peço à Rainha dos Apóstolos que ilumine". "A Rainha dos Apóstolos guarde a todos!" "Maria Mestra. Assunto tão santo, tão querido, tão útil!" "Se publicardes um periódico sobre Maria alcançareis mais graças". "Confiança em santos rosários ... ", e numerosas outras sugestões e lembretes que constituíam o tecido de ininterrupta conversa mariana administrada por gotas.

Tornou-se-me evidente que a mensagem mariana do Pe. Alberione devia ser fruto de múltiplas comparações. Efetivamente, apresentava-se com toda clareza que a devoção a Maria, além de ser para o Pe. Alberione o esforço persistente de sua atividade sacerdotal e literária, era mais ainda compromisso sério de oração e de vida, insinuando-se até na correspondência de certo modo oficial entre duas pessoas.

Adentrando-se e concretizando-se sempre mais nessa direção, minha lembrança detinha-se prazerosamente no período da inauguração da Igreja dedicada à Rainha dos Apóstolos, resultado de um grande esforço extra-apostólico do Pe. Alberione, em cumprimento de uma promessa, cujas raízes afundavam no tempo sangrento e terrível da última guerra mundial. Certo dia, Pe. Alberione teve a coragem - reflexo natural daquela fé sempre vigilante e orientada para a ação - de dizer em nome de todos: "O Maria, Mãe e Rainha dos Apóstolos, se preservares a vida de todos os 'nossos' e 'nossas', levantaremos aqui uma igreja à glória de teu nome". Apesar dos gravíssimos perigos a que estivemos expostos durante a guerra, todos saímos ilesos. Naquele dia, portanto, nossas vidas, nosso sangue, foram postos da maneira mais concreta, na dependência de Maria e para o Pe. Alberione ela se revelou fonte incomparável de ação.

Saltando de um ano para outro, a lembrança deteve-se no dia 26 de novembro de 1971, quando o Pe. Alberione, no leito de morte, já em estado de coma, as mãos apertando o terço desgastado pelo uso, movia ainda os lábios em ritmo incessante - quiçá puramente mecânico - de oração a Maria.

Essa incursão no mundo das lembranças completava em mim a mudança de perspectiva: a mariologia do Pe. Alberione é, acima de tudo, e indubitavelmente uma atitude vivencial. Quem, portanto, quiser acolher sua mensagem mariana para transmiti-la, deverá tomar por ponto de partida, mais do que as páginas em louvor da Virgem, a própria vida e missão do Pe. Alberione. Mais: essas páginas numerosas e desorganizadas perderiam todo valor e sentido, se lidas fora do contexto de sua vida.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

ATIVIDADE REALIZADA 4 - Ana Paula Ramalho


ABUNDANTES DIVITIAE 182
“...Maria deu ao mundo a graça em Jesus Cristo; e continua a oferecê-lo pelos séculos afora. Medianeira universal da graça, e nesta missão é nossa mãe.
O mundo precisa de Jesus Cristo Caminho, Verdade e Vida. Ela o dá por meio dos apóstolos e dos apostolados. Ela os sustenta, os forma, os assiste e os coroa de frutos e de glória no céu.”
COMENTÁRIO:
Como Maria continua hoje, dando Jesus ao mundo?

Maria se apresenta em todos aqueles que se colocam a serviço do Reino, a serviço da PALAVRA... A muitos peregrinos levando uma mensagem de paz e de esperança através de seu trabalho apostólico nas comunidades, confiantes na presença materna de Maria que como diz Pe. Alberione no seguinte artigo: “Maria os sustenta, os forma, os assiste e os coroa de frutos e de glória no céu.”

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

ATIVIDADE REALIZADA 3 - Rosângela Carneiro Chaves

COROAZINHA A MARIA RAINHA DOS APÓSTOLOS
Segunda parte da coroazinha


LEITURA
Texto Bíblico: Lucas 22, 39-46

“Jesus saiu e, como de costume, foi para o monte das Oliveiras. Os discípulos o acompanharam.
Chegando ao lugar, Jesus disse para eles: “Rezem para não caírem na tentação.”
Então, afastou-se uns trinta metros e, de joelhos, começou a rezar: “Pai, se queres, afasta de mim este cálice.Contudo, não se faça a minha vontade, mas a tua!”
Apareceu-lhe um anjo do céu, que o confortava. Tomado de angústia, Jesus rezava com mais insistência. Seu suor se tornou como gotas de sangue, que caíam no chão. Levantando-se da oração, Jesus foi para junto dos discípulos, e os encontrou dormindo, vencidos pela tristeza.
E perguntou-lhes: “por que vocês estão dormindo? Levantem-se e rezem, para não caírem na tentação.”

MEDITAÇÃO
Jesus ao retirar-se no monte das Oliveiras para rezar, no momento de grande tentação, tristeza e também da decisão definitiva, angustia-se por ver que seus discípulos não conseguem permanecer em oração, junto com Ele. O Mestre não tem duvidas diante da missão que o próprio Pai lhe confiou, e mesmo apesar do medo da a angustia que estava sofrendo pronuncia estas palavras: “Não se faça a minha vontade, mais a tua!”.
O gesto de colocar-se em oração profunda ajuda-nos a entrar em comunhão com alguma coisa ou até mesmo com um irmão que sofre por vários motivos, e Jesus ao pedir para os discípulos permanecerem vigiando, ou seja, rezando não é diferente. Jesus pede insistentemente que rezem para não caírem em tentação e que assim sejam fiéis ao seu compromisso até o fim.
ATUALIZAR

“Senhor, multiplicai as pessoas vigilantes a tua palavra, que mesmo diante do barulho do qual vivemos, todos os dias, estejamos em plena comunhão e oração com o Mestre.”


ORAÇÃO

2. Maria,
Rainha dos anjos,
Cheia de graça,
Concebida sem pecado,
Bendita entre as criaturas,
Sacrário vivo de Deus,
“Pelas pessoas que se consagram a Deus,

para que vivam o verdadeiro sentido da comunhão com o Pai.” Ave Maria...

Lembrai-vos do solene e doloroso momento,
Em que Jesus agonizante
Vos confiou são João
Como filho, e nele, todos os homens;
E em particular os apóstolos
De todo os tempos.

Por todos os jovens chamados para o serviço e a doação de sua vida, seja nas suas comunidades ou em outros lugares.” Ave Maria...

Desde então
Como é grande o vosso amor
Por todos os que se consagram
Ao apostolado,
Seguindo Jesus até o sacrifício!
Maria,
Pelos vossos sofrimentos
E pela paixão do vosso Filho,
Pelo vosso coração de Mãe,
Nós vos pedimos:

“Multiplicai os apóstolos,os missionários, os sacerdotes e as pessoas que se consagram a Deus e as próximo.” Ave Maria...

Resplandeça neles santidade de vida,
Profundo espírito de oração,
Humildade sincera,
Fé autêntica
E o amor generoso.

“Maria fazei brotar no mundo a Paz, resplandeça o seu olhar de Mãe nos corações de quem necessita da GRANDE LUZ, seu Filho Jesus!” Ave Maria...
Que todos sejam santos,
Sal da terra e luz do mundo!
RAINHA DOS APÓSTOLOS, ROGAI POR NÓS.

CONTEMPLAÇÃO
Minha querida mãezinha, que nós como seus filhos muito amados, possamo-nos deixar ser tocados pelo amor generoso e filial do seu Filho Jesus. Buscando ser verdadeiros apóstolos, mesmo diante da dor, no desânimo ao caminhar, mais sempre vigilantes ao seu plano de amor e misericórdia.

ATIVIDADE REALIZADA - 3 Ana Karla


Leitura Orante terceira parte da Coroazinha a Maria Rainha dos Apóstolos

Maria esteve com os discípulos nos difíceis momentos depois da morte de Jesus. Esteve também com eles no Cenáculo, recebendo com eles a plenitude do Espírito Santo.
Os discípulos viam nela alguém que podia ajudá-los a serem fiéis a tudo aquilo que Jesus havia vivido e ensinado. Rezemos a oração abaixo pedindo que Maria interceda por nós para que esta leitura orante dê frutos em nossa vida:

Lembrai-vos, ó piíssima Virgem Maria,
que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que
tem recorrido à vossa proteção,
implorado a vossa assistência e
reclamado o vosso socorro,
fosse por vós desamparado.
Animado(a) pois com igual confiança,
A vós, ó Virgem, entre todas singular,
como a Mãe recorro.
de vós me valho, e, gemendo
sob o peso de meus pecados,
me prosto a vossos pés.
Não desprezeis as minhas súplicas,
ó Mãe do Filho de Deus humanado,
mas dignai-vos de as ouvir proprícia
e de me alcançar o que vos rogo.
Amém.

Terceira Parte da Coroazinha:

Virgem Imaculada,
Rainha dos Mártires,
Estrela da manhã,
Refúgio dos pecadores,
nos dias em que permanecestes no Cenáculo como
Mestra, conforto e mãe dos Apóstolos,
invocastes e recebestes a plenitude do Espírito Santo,
o amor do Pai e do Filho,
o renovador dos Apóstolos.
Maria, pelas vossas humildes orações, que sempre comovem
o coração de Deus, alcançai-me a graça de compreender
o valor da pessoa humana, que Jesus salvou à custa de seu sangue, na cruz.
Cada um de nós possa viver intensamente o dom de ser
chamado a participar da missão de Jesus.
O amor de Cristo nos impulsione. Sejamos sensíveis
aos apelos dos irmãos que sofrem.
Sintamos em nosso íntimo as necessidades da infância e da juventude,
da idade madura e da velhice.
O espírito missionário nos anime.
Que as necessidades dos povos da África, Ásia, Oceania, Europa e América
nos sensibilizem profundamente. E o apostolado do testemunho,
da palavra, da oração, da imprensa, do cinema, do rádio, da televisão e de
todos os meios de comunicação social, despertem corações generosos
para a renúncia de tudo, até a entrega total da própria vida.
Escutai a nossa prece, Mãe da Igreja, Rainha dos Apóstolos!
Rainha dos Apóstolos, rogai por nós!

1- Leitura
O que diz o texto da oração?
Leio e releio a terceira parte da coroazinha.
Procuro perceber alguma frase ou expressão mais forte, que me toca mais.

2- Meditação
O que a oração diz para mim?
Relembro textos bíblicos que tem relação com a oração.
Faço a ligação do texto da oração com a vida de hoje em seus diversos aspectos;
Pessoal, comunitário,etc

3- Oração
O que o texto me inspira a dizer a Deus?
Em silêncio, faço minha prece a Deus, dizendo a ele tudo aquilo que me veio ao coração
durante a leitura e a meditação.

4- Contemplação
Que propósito eu assumo inspirado pela leitura, meditação e oração?
Anoto a frase da coroazinha que me ajudará a viver o compromisso assumido e
A recordo durante o dia.

Faço uma prece final agradecendo a Deus pelas luzes e pedindo forças para ser fiel ao compromisso assumido.

ATIVIDADE REALIZADA 2 - Viviane Rodrigues


Constituições
Artigo: 10Maria Mãe, Mestra e Rainha dos Apóstolos é o clima do nascimento e crescimento da vocação paulina. Apostola ela dá Jesus ao mundo. Discípula que acolhe, guarda e vive o anuncio de Jesus, tenhamos a atitude oblativa de Maria.

Artigo: 13No anúncio de Jesus Caminho, Verdade e Vida, vemos a atitude oblativa de Maria.

Artigo: 41
Temos o exemplo de Maria que se destaca entre os humildes e pobres do Senhor.

Artigo: 57
Pela ação do Espírito Santo, nos fazem responder a cada dia, como Maria: “Eis, eu venho para fazer a tua vontade”. Maria aderiu profundamente à Palavra é a missão de seu filho Jesus em sua vida.

Artigo: 39
Devoção filial a Maria, Rainha dos apóstolos.

Artigo: 76Percorremos o nosso caminho de fé com Maria, Rainha dos Apóstolos. Invocamos a Maria que nos introduza na escola de Jesus Mestre, valorizando e rezando o rosário.

Artigo: 82
O processo de formação é iluminado e sustentado por Maria Rainhas dos Apóstolos.
A exemplo dela vemos a doação integral a Deus e aos irmãos.

ATIVIDADE REALIZADA 3 - Viviane Rodrigues


Leitura Orante
4a Parte da Coroazinha
Assunção de Maria



Oração inicial:
À Rainha dos Apóstolos
Jesus misericordioso, eu vos agradeço porque me deste Maria, como Mãe.
Maria, eu vos agradeço, porque destes, à humanidade, Jesus,

o Mestre divino, Caminho, Verdade, e Vida.
Agradeço-vos, porque no Calvário nos aceitastes como filhos.
Vossa missão está unida à de Jesus,

que “veio procurar e salvar o que estava perdido”.
Oprimido pelos meus pecados,

refugio-me em vós, ó minha Mãe, minha esperança!
Assisti-me com misericórdia, como a um filho doente!
Quero receber de vós: perdão, conversão, santidade.
Entre os vossos filhos, coloca-me numa categoria particular:

a dos mais necessitados,

nos quais abundou o pecado onde havia transbordado a graça.
Estes vos inspiram cuidado especial.
Acolhei-me entre eles.
Fazei o grande milagre, transformando um pecador em apóstolo!
Será um prodígio e uma glória para o vosso Filho e para vós, minha Mãe!
Tudo espero de vosso Coração, ó Mãe, Mestra e rainha doa Apóstolos!
Amém.


1- Leitura do Texto

Coroazinha a Rainha dos Apóstolos

Maria, nossa querida Mãe, porta do céu,

fonte de paz e alegria, auxilio dos cristãos,
Confiança dos agonizantes, esperança dos desesperados.
Embora reconhecendo-me pecador,

uno-me aos santos, para vos louvar e bendizer.
A predileção onipotente de Deus Pai vos elevou ao paraíso,

toda bela e imortal,

onde vos contemplo glorificada, Maria, a vós, a Jesus.
Concedei-me espírito de penitência,

completa conversão, e a graça de uma santa morte.
Neste momento, diante de Deus,

dos anjos e dos santos,

renovo conscientemente as promessas do Batismo.
Maria, ajuda-me num grande santo;

isso é para vós a maior glória.
Maria, refúgio dos pecadores,

estrela da manhã, consoladora dos aflitos!
- Ler e compreender o que o texto diz
- Destacar palavras significativas
- Relacionar fatos da vida de Maria com o texto


2- Meditação
- Interiorizar o texto
- Qual é a palavra que me questiona, guia, corrige ou consola?
- O que diz o texto pra minha vida na realidade na qual me encontro ?
- Em uma palavra sintetizo o que o texto me diz.


3- Oração
- Em forma de agradecimento, perdão, louvor... o que o texto me faz dizer a Maria?


A partir dos questionamentos que foram surgindo na meditação do texto, vamos junto com Maria rezar o magnificat louvando a Deus pela sua manifestação na nossa vida e da humanidade.
Cântico de Maria
Minha alma proclama a grandeza do Senhor,

meu espírito se alegra em Deus, meu salvador,

porque olhou para a humilhação de sua serva.
Doravante todas as gerações me felicitarão,

porque o Todo-poderoso realizou grandes obras em meu favor:

seu nome é santo,

e sua misericórdia chega aos que o temem, de geração em geração.
Ele realiza proezas com seu braço:

dispersa os soberbos de coração,

derruba do trono os poderoso

e eleva os humildes;

aos famintos enche de bens,

e despede os ricos de mãos vazias.

Socorre Israel, seu servo,

lembrando-se de sua misericórdia,

conforme prometera aos nossos pais

em favor de Abraão e de sua descendência, para sempre.”


4- Contemplação

A partir de tudo que rezamos com Maria nos suscita um novo olhar na nossa vida cotidiana, quais são estes apelos que Maria me convida a viver?
Somos chamadas a rezar para a humanidade, trazer para perto de Maria o coração da humanidade. Rezando e contemplando o Mistério Glorioso levemos a Maria às diversas realidades que desejamos que Maria intercedesse.

Oração final
Ato de consagração a Maria Rainha dos Apóstolos
Jesus Mestre, eu vos pertenço plenamente,
e tudo que tenho vo-lo ofereço, pelas mãos de Maria,
vossa Mãe Santíssima.

ATIVIDADE REALIZADA 3 - Ana Paula Ramalho


LEITURA ORANTE

COROAZINHA A RAINHA DOS APÓSTOLOS
Quinta parte da coroazinha

LEITURA

TEXTO BÍBLICO: Lc 1, 39-56

“Naqueles dias Maria partiu para a região montanhosa, dirigindo-se às pressas a uma cidade da Judéia. Entrou na casa de Zacarias e saudou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança se agitou no seu ventre e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. Com um grande grito exclamou: “ Você é bendita entre as mulheres e é bendito o fruto do teu ventre! Como posso merecer que a mãe do meu Senhor venha me visitar? Logo que a saudação chegou aos meus ouvidos, a criança saltou de alegria no meu ventre. Bem-aventurada aquela que acreditou, porque vai acontecer o que o Senhor lhe prometeu.”
Então Maria disse: “ Minha alma proclama a grandeza do Senhor, meu espírito se alegra em Deus, meu salvador, porque olhou para humilhação de sua serva. Doravante todas as gerações me felicitarão, porque o Todo-poderoso realizou grandes obras em meu favor: seu nome é santo e sua misericórdia chega aos que o temem, de geração em geração. Ele realiza proezas com seu braço: dispersa os soberbos de coração, derruba do trono os poderosos e eleva os humildes; aos famintos enche de bens e despede os ricos de mãos vazias. Socorre Israel seu servo, lembrando-se de sua misericórdia – conforme prometera aos nossos pais – em favor de Abraão e de sua descendência, para sempre.”
Maria ficou três meses com Isabel; e depois voltou para casa.”

MEDITAÇÃO
Observemos na narrativa as atitudes de Maria:
- Maria é aquela que vai ao encontro “dirigindo-se as pressas”
- Sua presença traz oi espírito Santo “ouvindo a saudação a criança se agitou e Isabel ficou cheia do Espírito Santo”
- Assim como Isabel proclamemos: “ Bem-aventurada aquela que acreditou”
- E como Maria diremos: “Minha alma proclama a grandeza do Senhor...”

ATUALIZAR
Somos convidados a dizer SIM a vontade de Deus. Uma resposta de amor e fé para nos tornamos pessoas disponíveis e agradecidas como Maria.

ORAÇÃO
Maria,
Estrela do mar,
Nossa vida e rainha da paz,
feliz o dia em que a Trindade Santíssima
vos coroou como Rainha do céu e da terra
medianeira de todas as graças
e nossa querida Mãe!
Que glória para vós!
Que felicidade para os anjos e santos,
e para a Igreja peregrina.
(por todos aqueles que te invocam AVE MARIA...)
Maria, quem vos ama será salvo
e quem muito vos ama será santo
e participará de vossa glória no céu.
(por aqueles que não te conhecem AVE MARIA...)
Não duvido de vossa bondade
nem do vosso poder;
só temo a minha inconstância.
Maria alcançai-me de Deus a graça
de ser fiel a seu plano de amor.
Sede a minha força contra o mal.
Conservai-me junto de vós e de Jesus.
Não me deixeis cair,
não me permitais que eu me afaste de vós,
minha Mãe.
(pela fidelidade dos que te buscam como modelo de santidade AVE MARIA)
Como é bom pela manhã
dirigir a vós o primeiro olhar!
Durante o dia caminhar na vossa presença
e à noite, adormecer sob a vossa proteção!
Sorris para a infância inocente.
Dais coragem ao jovem que luta.
Iluminais o homem que trabalha.
Confortais o ancião que espera o céu.
(pelas famílias AVE MARIA...)
Maria, eu vos consagro toda a minha vida!
Intercedei a Deus por mim,
agora e na hora de minha morte.
Naquele momento,
conduzi-me de volta ao Pai.
Não me abandoneis
enquanto não estiver convosco no céu,
para vos amar eternamente.
Maria, minha Mãe, Mestra e Rainha,
alcançai-me a graça de ser fiel
ao amor de Deus até o fim!
Rainha dos Apóstolos, rogai por nós.

CONTEMPLAÇÃO
Perceber no dia-a-dia como Deus me convida a agir como Maria no estudo, apostolado, na comunidade e a oração. Estar em total atitude de disponibilidade e gratidão pelas maravilhas que o Senhor realiza em nossas vidas.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

ATIVIDADE REALIZADA 2 - Viviani Moura

Síntese dos artigos de Maria nas Constituições das Filhas de São Paulo:
Artigo 10:

-Maria Mãe Mestra e Rainha dos Apóstolos é o clima e crescimento da vocação paulina.

-Apóstola -dá Jesus ao mundo

-Discípula que acolhe, guarda e vive a Palavra

-Mestra na escola de Jesus

-Modelo dela aprendemos a associarmos a missão do seu Filho e disponibilidade total ao Pai.

Artigo 13:

-A missão de anunciar o Evangelho não é um privilégio e sim uma necessidade.

-A fé e o testemunho de consagração em comunidades de irmãs são anúncio do Evangelho

-Ao evangelizar vivencia-se as atitudes de oblação e coragem de Maria, além da gartuidade de um Apóstolo e a capacidade de se abrir e acolher pessoas, povos e culturas.

Artigo 41:

-Mestre Divino, modelo na vivência da pobreza.

-Em comunhão com o mistério de aniquilação e serviço, ´há o abandono da vida nas mãos do Pai, para obter a liberdade de anunciar as multiformes riquezas de Deus.

-Maria, exemplo de pobreza, se encontra entre os humildes e pobres e Paulo que conta somente com a força de Deus, inspiramo-nos neles para testemunhar que Deus é aquele que cuida de nossa vida.

Artigo 57
-Espírito Santo é aquele que torna capaz de responder diariamente o "Eis-me aqui para fazer a tua vontade".
-Maria, que aderiu à Palavra e seguiu a obra de seu Filho.
-Paulo, se deixou guiar pelo Espírito.
-Obediência, caminho de configuração a Cristo e ao seu mistério.

Artigo 39
-Castidade: é reavivada no encontro com o Senhor, por meio da meditação da Palavra, dos sacramentos, da oração e da devoção a Maria, Rainha dos Apóstolos.

-Fé, empenho no crescimento na fé, por meio da vida simples, do trabalho, da serenidade diante das contrariedades.

-Cristo: o seu amor e a sua entrega por nós dá força nos momentos de solidão e provação.

Artigo 76
-Vida espiritual: O retiro mensal e os exercícios espirituais, é o tempo de fazer a experiência profunda de Deus e avaliar o seguimento a Cristo.

-Maria Rainha dos Apóstolos, companheira no itinerário de fé, quem nos introduz na escola de Jesus Mestre e a honramos rezando o rosário.

-Paulo: exemplo para entrar na profundidade do mistério de Cristo.

Artigo 82
-Maria, Rainha dos Apóstolos e São Paulo: iluminam e sustentam no processo de formação. Exemplos de doação total a Deus e aos irmãos.

Viviani Moura

ATIVIDADE REALIZADA 2 - Ana Karla

Mãe da Divina Graça Maria nas Constituições

Art. 13 – Assumir a atitude oblativa de Maria. Maria ofereceu toda a sua vida a Deus, ofereceu também seu filho e continua a oferecê-lo.

Art. 41 – Maria se destaca entre os humildes e pobres do Senhor. Ela é exemplo para que nós possamos abrir nosso coração à esperança. Também é exemplo de testemunho de que Deus é o maior bem e de que ele cuida de nós.

Art. 57 – Maria é modelo de adesão total à Palavra, à pessoa e à obra de seu filho.

Art. 39 – Nossa devoção filial a Maria Rainha dos Apóstolos nos ajuda a viver a castidade, pois ela nos mostra como viver a experiência cotidiana de intimidade com Deus.

Art. 76 – Ela nos acompanha no itinerário de fé e nos introduz na escola de Jesus Mestre. O Rosário é uma das formas que temos de honrar Maria.

Art. 82 – Maria e Paulo iluminam e sustentam o processo de formação. Eles são a concretização exemplar da doação integral a Deus e aos irmãos.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

ATIVIDADE REALIZADA 2 - Rosangela Carneiro Chaves

Rainha dos Apóstolos - JapãoMaria nas Constituições das Filhas de São Paulo
Síntese dos artigos:


10- Maria Mãe, Mestra e Rainha dos Apóstolos, é o clima do nosso nascimento e crescimento da vocação paulina. Apóstola que dá Jesus ao mundo, discípula, acolhe, guarda e vive a Palavra, Mestra na escola de Jesus e é nosso modelo.

13- Cumprimos a missão em nome da Igreja, fazemos o nosso anseio o de São Paulo, anunciar o Evangelho é para nós uma necessidade que nos é imposta, proclamamos com a força da fé e da vida fraterna, assumimos a atitude de Maria, a gratuidade e a coragem do apóstolo, promover e valorizar o que há de bom em cada pessoa.

41- O Mestre Divino que se fez carne é o caminho de nossa pobreza, em comunhão com Ele nos abandonamos em suas mãos para proclamar as riquezas de Deus, a exemplo de Maria modelo de humildade, e de São Paulo abrimos o nosso coração a esperança.

57- A presença do Espírito em nós é que nos faz participar da obediência de Cristo, tornando-nos capazes de responder a cada dia o nosso “Eis, que eu venho para fazer a tua vontade”. Com Maria que aderiu à palavra e com São Paulo, que sempre deixou-se conduzir pelo Espírito Santo, caminhamos na obediência que nos configura a Cristo.

39- Reavivamos o dom da castidade na intimidade com o Senhor, mediante a meditação da Palavra, a oração e a devoção a Maria. Empenhamo-nos com vida simples e laboriosa, e nos momentos de provas saberemos viver na fé e humildade o mistério pascal, olhando para Cristo.

76- No caminho de unificação com Cristo valorizamos os retiros mensais e anuais, tendo-o como tempo de maior intimidade com Deus. Fazer o nosso itinerário com Maria, pedindo a ela que nos introduza na escola do Mestre, rezando o Rosário.

82- O processo da formação é iluminado e sustentado por Maria e por São Paulo. Neles vemos a doação integral a Deus e aos irmãos.

sábado, 12 de setembro de 2009

ATIVIDADE REALIZADA 2 - Ana Paula Ramalho

Síntese de Maria nas Constituições das Filhas de São Paulo

Art. 10 -" Maria, Mãe Mestra e Rainha dos Apóstolos: é o clima do nascimento e crescimento da vocação paulina; apóstola da Jesus ao mundo; discípula acolohe, guarda e vive a PALAVRA; Mestra na escola de Jesus; aprendemos a associar-nos à vida e missão do Filho, na disponibilidade total aos designios do Pai"


Art. 13 - "Assumimos a atitude oblativa de Maria"


Art. 41 - "A exemplo de Maria, que sobressai entre os pobres e humildes"


Art. 39 - "Devoção filial à Maria Rainha dos Apóstolos, vida simples, laboriosa, o acolhimento sereno, a vigilância e a prudência"


Art. 57 - "Maria aderiu à Palavra e associou-se completamente à pessoa e à obra de seu Filho"


Art. 76 - "Itinerário de fé com Maria Rainha dos Apóstolos. Pedimos a ela que nos introduza na escola de Jesus Mestre e a honramos rezando o rosário"


Art. 82 - "O processo da formação é sustentado por Maria, Rainha dos Apóstolos exemplo de doação integral a Deus e aos irmãos"
Achei interessante que alguns desse artigos destacam os exemplos de Maria e do Apóstolo São Paulo; realmente eles andam lado a lado nos conduzindo ao caminho do Mestre.
Pra mim fica o desejo de rezar com carinho cada artigo que é mistério de fé
e do grande amor que nossos primeiros tiveram e têm por Maria.

domingo, 23 de agosto de 2009

PENSAMENTO 1

MARIA RAINHA DOS APÓSTOLOS Maria dá-nos sempre o Cristo,
como um ramo que carrega
e oferece aos homens: passível,
glorioso, eucarístico, Caminho,
Verdade e Vida das pessoas.

É a apóstola de Jesus:
não apenas com palavras,
mas com a mente, vontade e coração.
Palavras: as necessárias e essenciais: “Fiat”.
Obras: sempre e perfeitamente.
Vontade: toda; como vivia na caridade.
Inteligência: sabendo desde a Encarnação,
de qual filho se tornava Mãe.
Mais que com tinta: escreveu Jesus, isto é,
formou-o com o seu próprio ser,
com seu sangue, por virtude do Espírito Santo.
Dando-nos Jesus, deu-nos nele,
o santo Evangelho.
Dando-nos Jesus, apresentou-nos,
nele, todas as perfeições.
Dando-nos Jesus, deu-nos a Redenção,
a Eucaristia, a Vida. “Salve Rainha,
Mãe de misericórdia; vida; doçura,
esperança nossa...”

Maria, portanto, é Apóstola,
a Rainha dos Apóstolos, o modelo de todo
o apostolado, a inspiradora de todas
a virtudes apostólicas.
Entoem-lhe cânticos o céu e a terra!
E por ela, com ela e nela se eleve a
Santíssima Trindade todo o louvor.
Bv. Tiago Alberione

DOCUMENTOS DA IGREJA 2


TAMETSI FUTURA
SOBRE JESUS CRISTO REDENTOR
CARTA ENCÍCLICA DO PAPA LEÃO XIII

Aos veneráveis irmãos Patriarcas, Primazes, Arcebispos,
Bispos e outros Ordinários de lugar em paz e comunhão com a Sé Apostólica.
A autoridade e o poder da Igreja são tão extensos quanto o império do Filho de Deus.

1. Ainda que não seja possível olhar para o futuro com o ânimo livre de apreensão, e que as muitas e inveteradas causas de males, de ordem privada e pública, dêem nem pouco a temer, contudo, por favor divino, parece que estes últimos anos do século tenham emitido algum raio de esperança e de conforto. Porque não se deve acreditar que o cuidado renascente dos interesses da alma não confira ao bem comum o reavivamento da fé e da piedade cristã; e, aparece por sinais bastante claros que tais virtudes vão efetivamente reverdecer e retomar vigor em muitos. Também entre as lisonjas do mundo e não obstante os obstáculos que a piedade encontra à sua volta, por todo lado, eis que, a um só aceno do papa, acorrem de toda parte a Roma, aos túmulos dos santos apóstolos, grandes multidões: cidadãos e estrangeiros unidos cumprem publicamente as práticas religiosas, e confiantes na indulgência oferecida pela Igreja procuram com maior diligência os meios de salvação eterna. E, além disso, não é comovente esta piedade particularmente fervorosa, como todos podem ver, para com o Salvador do gênero humano? Sem dúvida será julgado digno dos melhores tempos cristãos este fervor, que, do nascer ao pôr-do-sol, inflama milhares de almas, em união de vontade e pensamento, a aclamar e exaltar o nome e as glórias de Jesus Cristo. E queira Deus que essas chamas irrompentes de fervor renovado da religião chamejem num vasto incêndio, e que o exemplo edificante de muitos atraia todos os outros. A volta completa da sociedade ao espírito cristão e às antigas virtudes não é talvez a necessidade maior dos tempos modernos? E existem muitos, demasiados, que mantêm os ouvidos fechados e não querem ouvir a admoestação deste despertar religioso. Mas, “se conhecessem o dom de Deus”, se pensassem que não há desgraça maior do que ter abandonado o Salvador do mundo, e ter desviado dos costumes e dos ensinamentos cristãos, com certeza se sacudiriam eles também e se apressariam em voltar sobre seus passos, para evitar uma ruína certa.

2. Pois bem, guardar e dilatar na terra o reino do Filho de Deus, e esforçar-se generosamente para levar a salvação à humanidade mediante a participação aos benefícios divinos, é tarefa da Igreja; tarefa tão grande e própria dela, à qual está ordenada principalmente toda a sua autoridade e o seu poder. Parece-nos ter dedicado até hoje, para tal fim, os maiores cuidados possíveis no árduo e difícil exercício do sumo pontificado; e, quanto a vós, veneráveis irmãos, está certo que nos acompanhem nisso, e de maneira contínua, as solicitudes do vosso zelo vigilante e ativo. Mas, nós e vós, dada a condição dos tempos, devemos esforçar-nos por fazer mais, e especialmente agora que o ano santo nos oferece a oportunidade, por difundir mais amplamente o conhecimento e o amor de Jesus Cristo, ensinando, persuadindo, exortando. Possa a nossa voz se ouvida, não tanto, digamos, pelos que costumam ouvir docilmente os ensinamentos cristãos, mas também os outros, imensamente infelizes, que conservam o nome de cristãos, mas levam uma vida sem fé, sem amor a Jesus Cristo. Nós sentimos compaixão especialmente desses; e de maneira particular quereríamos que refletissem sobre o que fazem, e o que os espera, se não se corrigirem.

3. De nenhuma forma e nunca ter conhecido Jesus Cristo é grande infelicidade, contudo não é perfídia nem ingratidão; mas repudiá-lo ou esquecê-lo depois de o ter conhecido, é um delito tão espantoso e insano que é difícil acreditar que possa acontecer num homem. Com efeito, Cristo é o princípio e a origem de todos os bens: e como não era possível resgatar o gênero humano sem a obra benéfica dele, assim não possível conservá-lo no bem, sem o concurso da sua graça: “Pois não há, debaixo do céu, outro nome dado aos homens pelo qual devamos ser salvos” (At 4,12). Qual seja a vida humana onde falta Jesus, “poder de Deus e sabedoria de Deus”, quais sejam os costumes, a qual termo desesperado se chegue, não no-lo mostram suficientemente com seu exemplo os povos privados da luz cristã? Relembrar um pouco a imagem que Paulo traçou deles (cf. Rm 1): cegueira de intelecto, pecados contra a natureza, formas monstruosas de superstições e de libido, para que cada um se sinta logo repleto de compaixão e ao mesmo tempo de horror.

4. As coisas que aqui lembramos são conhecidas por todos, mas não por todos meditadas e consideradas. Com efeito, não seria tão grande o número dos transviados pela soberba ou dos enrijecidos pela indolência, se se cultivasse mais universalmente a memória dos benefícios divinos e se meditasse mais vezes de onde Cristo tirou o homem e até onde o levantou. A humanidade, deserdada e exilada desde longos séculos, precipitava-se, cada dias mais, na perdição, envolvida naqueles males assustadores e noutros problemas causados pelo pecado dos progenitores, e nenhum poder humano teria podido saná-los, quando apareceu o Cristo Senhor, o libertador enviado pelo céu. O próprio Deus o tinha prometido desde o princípio do mundo, como aquele que um dia teria vencido e domado a “serpente”; por isso, estavam dirigidos para sua vinda os desejos ansiosos dos séculos que se seguiram. Os vaticínios dos profetas tinham, por longo tempo e claramente, predito que estava colocada toda esperança; e até os vários acontecimentos de um povo eleito, seus empreendimentos, as instituições, as leis, as cerimônias, os sacrifícios tinham preanunciado com precisão e clareza que nele o gênero humano teria encontrado a salvação plena e inteira, nele que era predito sacerdote e ao mesmo tempo vítima expiatória, restaurador da liberdade humana, príncipe da paz, mestre de todas as gentes, fundador de um reino que nunca acabaria. Sob esses títulos, imagens e vaticínios, variados na forma, mas concordes no objeto, era designado unicamente aquele que, pela sua excessiva caridade com a qual nos amou, um dia se teria imolado pela nossa salvação. Com efeito, quando chegou o tempo preestabelecido por Deus, o unigênito Filho de Deus, feito homem satisfez, para os homens, com seu próprio sangue e de maneira superabundante, a majestade ofendida do Pai, e assim tornou sua propriedade o gênero humano resgatado a tão alto preço. “Não a preço de coisas corruptíveis, ouro ou prata, fostes resgatados; mas com o sangue precioso de Cristo, como de cordeiro imolado e sem defeito” (1Pd 1,18-19). Por isso todas as coisas foram instauradas por Deus em Cristo. “O mistério da sua vontade, segundo o desígnio que se propusera e a ser executado na plenitude dos tempos, de recapitular todas as coisas em Cristo” (Ef 1,9-10). Logo que Jesus destruiu o quirógrafo do decreto de nossa condenação, pregando-o na cruz, aplacou-se a ira divina; foram desatados os vínculos da escravidão antiga da humanidade confundida e errante, Deus foi reconciliado, restituída a graça, reaberto o ingresso à bem-aventurança eterna, conferido o direito e oferecidos os meios para consegui-la. Então, como despertado de um letargo longo e morta, o homem viu o lume da verdade desejada por tantos séculos e procurada em vão; de modo especial, conheceu ter nascido para destinos muito mais altos e muito mais dignos do que as coisas sensíveis, frágeis e caducas, às quais havia até então dirigido unicamente os seus pensamentos e seus desejos; e reconheceu que esse é o caráter constitutivo da vida humana, essa lei suprema, e que o fim para o qual tudo deve ser dirigido está nessa direção, porque saídos de Deus devemos, um dia, voltar a Deus. Estimulado por esse princípio e fundamento, reviveu a consciência da dignidade humana: os corações acolheram o sentimento da fraternidade comum, e, como conseqüência natural, deveres e direitos foram por um lado aperfeiçoados e por outro renovados, e se teve assim, ao mesmo tempo, um florescer de virtudes como nenhuma das filosofias antigas poderia ter imaginado. Por isso os pensamentos, as ações e os costumes tomaram outra direção; uma vez que foi difundido um amplo conhecimento do Redentor, uma vez que foi inserida nas veias íntimas da sociedade a virtude dele, vencedora do ignorância e dos vícios antigos, seguiu-se aquela reviravolta de coisas que deu vida à civilização cristã e transformou completamente a face da terra.

5. Na lembrança disso, veneráveis irmãos, sente-se no ânimo uma consolação imensa e ao mesmo tempo um vivo sentido de ter que agradecer com toda a alma, naquilo que nos é possível, ao Salvador divino.
6. Estamos longe das origens e dos primórdios da redenção, mas o que importa se a sua eficácia é perene e se os benefícios dela permanecem imperituros e perpétuos? Aquele que uma vez operou a salvação da natureza humana perdida pelo pecado, é o mesmo que a salva e a salvará eternamente: “Deu a si mesmo como redenção para todos” (1Tm 2,6); “Todos serão vivificados em Cristo” (1Cor 15,22); “E o seu reino nunca terá fim” (Lc 1,33). Portanto, segundo o eterno conselho de Deus, em Jesus Cristo é posta à salvação, quer dos indivíduos, quer de toda a humanidade. Aqueles que o abandonam correm, por isso mesmo, para a própria ruína com furor cego, e ao mesmo tempo, no que lhes diz respeito, fazem com que a humanidade, flagelada por assustadora tempestade, recaia naquele abismo de males e calamidades da qual o Redentor a havia tirado piedosamente.

7. Todos os que se põem fora do reto caminho vagueiam às cegas e afastam-se da meta desejada. Da mesma forma, ao se rejeitar a luz pura e sincera do verdadeiro, sucedem erros perniciosos, as trevas inevitavelmente obscurecerão a mente, e o coração entristece. Com efeito, que esperança de saúde pode haver para quem abandona o princípio e a fonte da vida? Ora, o caminho, a verdade e a vida é somente o Cristo: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida” (Jo 14,6); de tal forma que, abandonado o Cristo, faltarão aqueles três princípios necessários para toda salvação.
8. Talvez seja necessário demonstrar o que experiência continuamente prova, e que cada um, até quando se encontra na abundância de bens terrenos, sente profundamente dentro de si, que não há nada fora de Deus que possa absolutamente e totalmente satisfazer o desejo humano? O fim do homem é Deus e todo este tempo em que se passa na terra não é senão uma espécie de peregrinação. Mas Cristo é o nosso “caminho”, porque nesta viagem mortal tão difícil e cheia de perigos, não podemos, de nenhuma forma, chegar ao bem supremo, Deus, sem a obra e a guia de Cristo. “Ninguém vem ao Pai, senão por mim” (Jo 14,6). O que significa isso? Significa, principalmente e antes de tudo, que não se pode ir ao Pai a não ser por meio da graça de Jesus, a qual contudo permaneceria infrutuosa no homem, se se descuidasse da observância dos preceitos e das suas leis. Como era conveniente, Jesus Cristo, acabada a redenção, pôs como guarda e tutela do gênero humano a sua lei, para que, governados por ela, os homens pudessem converter-se de uma vida não boa e dirigir-se com segurança para o seu Deus. “Ide e fazei que todas as nações se tornem discípulos... ensinando-as a observar tudo quanto vos ordenei” (Mt 28,19-20). “Observai os meus mandamentos” (Jo 14,5). Disso se deve deduzir que, na profissão cristã, o fato fundamental e necessário é submeter-se com docilidade aos preceitos de Jesus Cristo, e a ele, como senhor e rei supremo, submeter, devotamente e em tudo, a vontade. Coisa grande esta e que exige muitas vezes sacrifícios não leves, esforço duro e constância. Pois, se bem que a natureza humana tenha sido sanada pela obra benéfica do Redentor, permanece contudo em cada um de nós alguma doença, uma enfermidade, uma tendência ao mal. Cupidezes diversas arrebatam o homem ora numa direção ora noutra, e os atrativos das coisas sensíveis facilmente dobram a vontade, e nos levam a fazer aquilo de que se gosta, e não aquilo que Cristo manda. Mas é indispensável resistir e combater com todas as forças as paixões, “em obséquio a Cristo” (2Cor 10,5); as paixões, se não obedecem à razão, tomam a primazia, e, desviando todo o homem da submissão a Cristo, torna-o seu escravo. “Os homens corrompidos de mente e na fé não se podem libertar da escravidão; e até são escravos de três paixões: a volúpia, a soberba, o pôr-se em exposição” (S. Augustinus, De Vera religione, 37).
E nessa luta é preciso que cada um esteja disposto a aceitar de boa mente sofrimentos e fadigas por amor de Cristo. É difícil repelir coisas tão aliciantes e atraentes; é duro e penoso desprezar o que é considerado bem do corpo e riqueza, e fazer isso por vontade e ordem de Cristo Senhor; mas, paciência e fortaleza são absolutamente necessárias ao cristão que queira viver em conformidade com a sua profissão. Esquecemos talvez de que corpo e de que cabeça somos membros? Aquele que nos manda renegar a nós mesmos é aquele mesmo que, tendo-se proposto a alegria, suportou a cruz. E daquela disposição de ânimo, a que nos referimos, depende a dignidade mesma da natureza humana. Pois mandar a si mesmo, fazer com que a parte inferior de nós obedeça à superior, não é covardia de um ânimo fraco, mas antes, como também os sábios da antiguidade não poucas vezes entenderam, é virtude generosa, admiravelmente conforme à razão e, em sumo grau, digna do homem.

9. De resto, suportar e padecer muito é condição humana. O homem não pode destruir a vontade do seu Criador divino, o qual quis que permanecessem para sempre as conseqüências da culpa original; da mesma forma não se pode construir uma vida completamente livre de toda dor e cheia de toda felicidade. É portando razoável não esperar aqui o fim da dor, mas antes fortalecer o ânimo para suportar a dor, a qual exatamente nos ensina a esperar, com a certeza de ter os bens supremos. O Cristo, com efeito, não prometeu a bem-aventurança eterna do céu às riquezas ou à vida cômoda, nem às honras e ao poder, mas sim à paciência e às lágrimas, ao amor da justiça e à pureza do coração.
10. Daqui facilmente aparece o que se deve esperar do erro e da soberba daqueles que, desprezada a soberania do Redentor, colocam o homem acima de todas as coisas, e querem o reino absoluto e universal da natureza humana; também se na prática não possam conseguir este reino, e até nem saibam definir bem no que ele consiste. O reino de Jesus Cristo toma forma e consistência da caridade divina: o amor santo e ordenado é o fundamento e compêndio dele. Daqui necessariamente derivam os seguintes princípios: é preciso cumprir bem o próprio dever, não se deve cometer nenhuma injustiça ao próximo, é preciso estimar as coisas terrenas como inferiores às celestes, é preciso amar a Deus sobre todas as coisas. Bem diferente é aquele domínio do homem, que abertamente recusa Cristo ou que descuida conhecê-lo, funda-se sobre o egoísmo, que não conhece a caridade, nem o espírito de sacrifício. Segundo o ensinamento de Jesus é também lícito ao homem mandar, mas o deve fazer somente naquela condição possível, isto é, antes de tudo deve ele servir a Deus, e deve tomar da lei de Deus as normas e o guia da própria vida.
11. Quando dizemos lei de Cristo não queremos somente entender os preceitos naturais, ou somente os que os antigos receberam de Deus, preceitos que Jesus Cristo completou ao declará-los, interpretá-los e sancioná-los, mas entendemos também todo o resto da sua doutrina, e todas as coisas por ele instituídas expressamente. Entre elas a principal é, sem dúvida, a Igreja: com efeito, o que há entre aquilo que Cristo instituiu, que ela não abrace, que não contenha plenamente? Com certeza ele quis que, mediante o ministério da Igreja por ele mesmo tão admiravelmente constituída, fosse perpetuada a missão que o Pai havia confiado a ele. E tendo-a feita depositária de todos os meios de salvação para o homem, estabeleceu solenemente que os homens prestassem obediência a ela com a si próprio, que se deixassem sempre conduzir por ela como guia seguro. “Quem vos escuta, é a mim que escuta, quem vos despreza é a mim que despreza” (Lc 10,16). Portanto só na Igreja devemos procurar a lei de Cristo; com efeito, caminho do homem é Cristo, e igualmente o é a Igreja: ele de per si e pela própria natureza, ela pelo ofício que lhe foi confiado e pela comunicação dos poderes. Portanto, quem presumir chegar à salvação fora da Igreja anda por um caminho errado, e se esforça inutilmente.
12. E o destino dos Estados não é muito diferente daquele dos homens: também esses correm para a sua perdição se se afastam do “caminho”. O Filho de Deus, criador e redentor da natureza humana, é rei e senhor de toda a terra e tem o poder supremo sobre os homens, quer tomados singularmente, quer reunidos em sociedade civil. “Deu-lhe poder, honra e reino; e todos os povos, tribos e línguas o servirão” (Dn 7,14). “Eu fui constituído por ele rei. Eu te darei em herança as gentes, em teu domínio os últimos confins do mundo” (Sl 2,6.8). Portanto, também na convivência humana e da sociedade civil deve imperar a lei de Cristo, e de forma que não somente na vida privada, mas também na pública, ela seja guia e mestra. Ora, como este é o decreto de Deus, e ninguém pode transgredi-lo impunemente, cuida-se mal da coisa pública se as instituições cristãs não são tidas na devida conta. Afastando-se de Jesus, a razão humana fica abandonada a si mesma, privada da ajuda mais válida e da luz mais preciosa; e então com toda facilidade perde-se de vista o próprio fim estabelecido por Deus ao instituir o consórcio civil – e este fim consiste formalmente em ajudar os cidadãos a conseguir o bem-estar natural; mas de forma que se harmonize completamente com a consecução daquele bem sumo, perfeitíssimo e sempiterno, que supera todas as ordens da natureza. Perder de vista essas idéias leva para fora do caminho tanto os regedores como os súditos, por falta de um endereço e de um ponto de apoio seguros.

13. Se desviar do reto caminho é causa lastimável de desventuras, da mesma forma o é o abandono da verdade. Ora a verdade primeira, absoluta e essencial é Cristo, porque é verbo de Deus, consubstancial e coeterno ao Pai, uma única coisa com o Pai. “Eu sou o caminho e a verdade”. Portanto, se se procura a verdade, a razão humana obedeça primeiramente a Jesus Cristo e descanse segura no seu magistério, pois é a própria verdade que fala por meio da boca de Cristo.

14. São inumeráveis as matérias nas quais o engenho humano pode livremente mover-se para investigar e contemplar como num campo muito fértil e próprio; e isso não somente é consentido mas é querido expressamente pela natureza. Porém é coisa ilícita e contrária à natureza não querer manter a mente dentro dos seus confins, e, abandonada a necessária moderação, desprezar a autoridade de Cristo que ensina. Aquela doutrina da qual depende a salvação de todos nós, quase toda tirada de Deus e das coisas que especialmente dizem respeito à divindade: ela não é produto da sabedoria humana, mas o Filho de Deus a obteve e recebeu toda do seu próprio Pai: “As palavras eu me deste eu as dei a eles” (Jo 17,8). E isso, necessariamente, abrange muitas coisas, que não repugnam à razão o que não se pode dar de nenhuma forma, mas das quais não podemos atingir a profundidade com a nossa razão, assim como não podemos com ela compreender a essência divina. Mas se há tantas coisas obscuras e envolvidas no arcano pela natureza, que não podem ser explicadas pelo homem, das quais porém ninguém, são de mente, ousaria duvidar, com certeza é abuso estranho de liberdade negar a existência de outras coisas muito superiores à natureza, somente porque não é possível compreender a sua essência íntima. Recusar os dogmas é equivalente a rejeitar completamente toda a religião cristã. Ao invés, é obrigatório dobrar a mente com humildade e sem reservas “em obséquio a Cristo”, até o ponto que ela esteja submetida ao seu império divino: “Tornamos cativo todo pensamento para levá-lo a obedecer a Cristo” (2Cor 10,5). Esse é o obséquio que Cristo exige; e o exige com pleno direito; com efeito, ele é Deus e, por isso, tem poder pleno sobre a vontade do homem, como também sobre a sua inteligência. Mas submetendo a própria inteligência a Cristo senhor, o homem não age servilmente, mas, pelo contrário, de maneira convenientíssima, quer à razão, que à sua dignidade original. Com efeito, não submete a própria vontade a um homem qualquer, mas ao seu criador, senhor de todas as coisas, Deus, ao qual está submetido por lei de natureza, e não se prende às opiniões de um mestre humano, mas à verdade eterna e imutável. Dessa forma ele alcança o bem natural do intelecto e consegue ao mesmo tempo a liberdade. Com efeito, a verdade, que procede do magistério de Cristo, põe abertamente às claras a essência e o valor de todas as coisas, motivo pelo qual, se o homem prestar ouvidos à verdade conhecida, não terá que estar submetido às coisas, mas as coisas estarão submetidas a ele, nem a sua razão estará sujeita à paixão, mas a paixão será regulada pela razão, e o homem, liberto da maior escravidão do erro e do pecado, será confirmado na mais preciosa liberdade: “Conhecereis a verdade, e a verdade vos tornará livres” (Jo 8,32).

15. Está claro, portanto, que os que recusarem o império de Cristo, com vontade pertinaz rebelam-se a Deus. Tendo se emancipado do poder divino, nem por isso serão mais independentes, porque cairão sob algum outro poder humano, elegendo para si, como costuma acontecer, algum seu semelhante, que escutarão, ao qual obedecerão e seguirão como seu mestre. Além disso, esses, impedindo a mente de comunicar-se com as coisas divinas, restringem o campo do saber, e vêm a se encontrar menos preparados para progredir nas ciências puramente naturais, porque na natureza há também muitas coisas para cuja compreensão e clarificação muito ajuda a luz da doutrina revelada. E não raramente, como castigo da soberba deles, Deus permite que não saibam distinguir o verdadeiro, de forma que são punidos no próprio campo do seu pecado. Por ambos os motivos, muitas vezes se vêem homens de grande engenho e de erudição não comum perderem-se, até no próprio estudo da natureza, em absurdos nunca ouvidos, que não têm precedentes.

16. Seja, portanto, claro que quem faz profissão de vida cristã deve submeter total e plenamente sua inteligência à autoridade divina e se nessa submissão da razão à autoridade mortifica-se e reprime-se aquele amor próprio que é tão forte em nós, exatamente por isso, devemos deduzir a necessidade absoluta para todo cristão de mortificar não somente a vontade, mas também o intelecto. E quereríamos que se lembrassem disso aqueles que se propõem um cristianismo segundo seus gostos, governado na ordem intelectiva e na ordem prática, por leis mais suaves e mais indulgentes com a natureza humana, de forma que não lhe sejam impostas nenhuma ou poucas mortificações. Eles não entendem bastante a exigência da fé e dos preceitos cristãos: não vêem como de todo lado se nos apresenta a “cruz”, exemplo de vida e estandarte perpétuo de todos aqueles que querem ser, não somente de nome, mas na realidade e com obras, seguidores de Cristo.

17. Somente Deus é a vida. Todos os outros seres são participantes da vida, mas não são a “vida”. Porém, desde toda a eternidade, e por sua própria natureza, Cristo é a vida, da mesma forma que é verdade, porque é Deus de Deus. Dele, como de primeiro e augustíssimo princípio, fluiu no mundo toda vida e fluirá perpetuamente. Tudo o que existe, é por ele que existe; tudo o que vive, é por ele que vive, porque “todas as coisas” por meio do verbo “foram feitas, e sem ele nada foi feito do que foi feito”.

18. Isso quanto à vida natural. Mas acima lembramos uma vida muito melhor, infinitamente mais preciosa, gerada pela obra benéfica do próprio Cristo, isto é, a “vida da graça”, cujo fim beatíssimo é a “vida da glória”, para a qual devem ser dirigidos pensamentos e ações. Nisso consiste toda a força da doutrina e das leis cristãs, que “mortos ao pecado, vivamos para a justiça”, isto é, para a virtude e a santidade; e nisso consiste a vida moral dos homens, com a esperança segura da bem-aventurança eterna. Mas a justiça, verdadeira e propriamente e de maneira eficaz para a salvação, não se alimenta de nenhuma outra coisa a não ser da fé cristã: “O justo vive de fé” (Gl 3,11). “Sem a fé é impossível agradar a Deus” (Hb 11,6). Eis porque Jesus Cristo autor, pai e sustento da fé, é também aquele que conserva e alimenta em nós a vida moral, e o faz sobretudo por meio do ministério da Igreja. Com efeito, a ela, com conselho benigno e providente, ensinou e confiou a administração daqueles meios que geram a vida, de que falamos, e gerada, a conservam e renovam, quando se acabar. Por isso, ao separar a moral da fé divina, é destruída na raiz a força que gera e conserva as virtudes salutares. Aqueles que querem formar os costumes na honestidade só por meio de ditames da razão, despojam o homem da sua máxima dignidade e, com sua grande perda, da vida sobrenatural o fazem regredir para a vida puramente natural. Com a reta razão o homem pôde conhecer e praticar muitos preceitos naturais, mas também, ainda que os conhecesse todos e os praticasse todos, sem nenhuma imperfeição, durante toda a vida, coisa de resto impossível sem a graça do Redentor, em vão esperaria salvar-se eternamente, se não tem a fé. “Se alguém não permanece em mim é lançado fora, como o ramo, e seca; tais ramos são recolhidos, lançados ao fogo e queimam” (Jo 15,6). “O que não crer será condenado” (Mc 16,16). Ademais, temos demasiadas provas debaixo dos olhares de qual seja o valor e quais frutos produza essa honestidade descuidada da fé. Como é que não obstante o grande empenho de estabelecer e aumentar a prosperidade pública, os Estados sofrem, cada dia mais, em pontos de importância capital e aparecem como enfermos? Afirma-se, é verdade, que a sociedade civil basta para si mesma; que é capaz de florescer egregiamente sem o concurso das instituições cristãs, e de conseguir o próprio fim com suas próprias forças. Portanto, nas ordens administrativas se quer laicizar tudo; na disciplina civil e na vida pública dos povos vêem-se desaparecer, pouco a pouco, os vestígios da religião dos pais. Mas não se reflete bastante para onde levam esses princípios, pois, afastada a idéia da soberania de Deus juiz e retribuidor do bem e do mal, é inevitável que as leis percam a sua mais válida autoridade e que venha a faltar a justiça; no entanto esses são os dois liames mais necessários e firmes da sociedade civil. Da mesma forma, extinta a esperança e a espera dos bens eternos, se acende necessariamente nos corações a sede irrefreável dos bens terrenos, e cada um procurará, com todas as suas forças, açambarcar quanto mais puder deles. Portanto, desafios, invejas, ódios; depois propósitos ruins: aspiração à abolição de todo poder, ameaça em todo lugar ruínas loucas. Não tranqüilidade fora, não segurança dentro, subvertida por delitos a convivência civil.

19. Em tão grande contraste de paixões e entre tão graves perigos, não há meio-termo: ou esperar as piores catástrofes, ou procurar sem demora um remédio válido. Reprimir os delinqüentes, enobrecer o costume das plebes, e prevenir de toda forma os males por meio de leis sábias, é coisa boa e necessária; mas não consiste somente nisso. É preciso procurar mais no alto o saneamento dos povos: é conveniente pedir socorro a uma força superior àquela humana, a qual toque diretamente as almas e, regenerando-as para a consciência do dever, as torne melhores; queremos dizer aquela mesma força que trouxe de volta para a salvação a família humana de condições bem mais desesperadas. Fazei com que no consórcio civil refloresça o espírito cristão, dai-lhes condições de se desenvolver livre de obstáculos, e o consórcio civil sairá restaurado. Cessarão as lutas de classe, e o respeito recíproco será a garantia para cada um dos próprios direitos. Se escutam o Cristo, observarão também o seu dever, quer os ricos, quer os pobres: aqueles entenderão que devem procurar a saúde na justiça e na caridade, estes na temperança e na moderação. O ordenamento da sociedade doméstica será perfeito, quando for governada pelo temor salutar de Deus, seu legislador supremo. E pelo mesmo motivo falarão alto ao coração dos povos aqueles preceitos morais, inculcados também pela natureza: respeitar os poderes legítimos, obedecer às leis, não urdir sedições nem participar de conspirações sectárias. E assim, onde reina soberana a lei de Cristo, permanece em vigor e inalterada a ordem estabelecida pela divina providência, de onde se originam incolumidade e bem-estar. É este, portanto, o grito da salvação comum: volte a universal comunidade civil, e também em particular, para onde teria sido conveniente nunca se afastar, isto é, daquele, que é caminho, verdade e vida. É preciso para integrar no seu domínio o Cristo senhor, e fazer com que aquela vida, da qual ele é fonte, volte a fluir para irrigar copiosamente e revigorar todas as partes do organismo social, o argumento das leis, as instituições nacionais, as universidades, a família e o direito matrimonial, as cortes dos grandes, as oficinas dos operários. E tenha-se bem na mente que disso depende grandemente aquela civilização das nações que se procura com tanto ardor, pois ela alimenta-se e amadurece não tanto com aquelas coisas que limitam à matéria, como as comodidades da vida e a abundância dos bens terrenos, mas antes com aquelas que são próprias da alma, os costumes louváveis e o culto da virtude.

20. Muitos estão longe de Jesus Cristo por ignorância, mais do que por má vontade; com efeito, são muitos os que se dedicam a estudar o homem e o mundo, mas pouquíssimos são os que procuram conhecer o Filho de Deus. Antes de mais nada, portanto, não se deve vencer a ignorância com o conhecimento, de forma que não se repudie nem se despreze alguém que não se conhece. Esconjuramos todos os cristãos, em qualquer lugar se encontrem, a fazer o possível para conhecer o seu Redentor, qual ele verdadeiramente é. Quando terão fixado nele com sinceridade e sem preconceitos o olhar, logo verão claro, que não pode haver nada de mais salutar do que a sua lei, nem de mais divino do que a sua doutrina. Para atingir essa finalidade será particularmente eficaz a autoridade e a vossa obra, veneráveis irmãos, assim como o zelo e a solicitude de todo o clero. Mantende como parte essencial do vosso ofício, esculpir nas mentes dos povos o verdadeiro conceito, a imagem nítida de Jesus Cristo, e fazer conhecer bem a sua caridade, os seus benefícios, os seus ensinamentos, com os escritos, com a palavra, nas escolas primárias e nas superiores, na pregação, em todo lugar em que se apresente a ocasião. Muito se falou às multidões sobre aqueles que são definidos “os direitos do homem”; fale-se-lhes também dos direitos de Deus. Que este seja o tempo propício para fazer isso, é prova o amor do bem que acordou em muitos, como dizemos, e é especialmente esta piedade para com o Redentor, que se manifestou de tantas formas: piedade que, como auspício de tempos melhores estamos para entregar em herança, se Deus quiser, ao século que está para nascer. Mas como se trata de coisas que podemos esperar somente pela graça divina, unidos no zelo comum e na oração, suplicamos a Deus onipotente queira dobrar-se à misericórdia. Não permita que pereçam aqueles que ele próprio libertou, com a efusão de seu sangue. Olhe propício para este século que, é verdade, muito pecou, mas também muito sofreu em expiação dos seus erros; e, abraçando amorosamente os homens de todas as nações e de toda raça, lembre-se da sua palavra: “E eu, quando for elevado da terra, atrairei tudo a mim” (Jo 12,32)Como auspício dos favores divinos, e como expressão da nossa benevolência paterna, concedemos, de todo o coração no Senhor, a bênção apostólica, a vós, veneráveis irmãos, ao clero e ao vosso povo.

Roma, junto a São Pedro, 1º de novembro de 1.900
LEÃO PP. XIII


Anexo

– Significado de:
- Tametsi Futura = lat. Ainda que se trate de coisas futuras.
- imperituro = adj (im+lat perituru) Que não pode perecer.
- quirógrafo - s.m. Escrito de próprio punho. Diploma com a competente assinatura. Breve do papa, não publicado nem divulgado. Antigo documento, em geral apenas assinado por uma das partes interessadas.

ORAÇÃO 2

Ato de consagração

Jesus Mestre,
eu vos pertenço plenamente
e tudo que tenho vo-lo ofereço
pelas mãos de Maria,
vossa Mãe Santíssima.

domingo, 26 de julho de 2009

DOCUMENTO CARISMÁTICO 3

HISTÓRIA: Padre Tiago Alberione e Família Paulina
Padre Tiago Alberione (1884-1971), Fundador da Família Paulina, foi um dos mais carismáticos apóstolos do século XX. Nascido em São Lorenzo de Fossano (Cuneo), no dia 4 de abril de 1884, recebeu o batismo já no dia seguinte. A família Alberione, constituída por Miguel e Teresa Allocco e por seis filhos, era do meio rural, profundamente cristã e trabalhadora.
O pequeno Tiago, o quarto filho, desde cedo passa pela experiência do chamado de Deus: na primeira série do ensino primário, perguntado pela professora o que faria quando se tornasse adulto, ele responde: Vou tornar-me padre! Os anos da infância se encaminham nessa direção.
A família, transferindo-se para a comuna de Cherasco, paróquia de São Martin, diocese de Alba, encontra o pároco, Padre Montersino, que ajuda o adolescente a tomar consciência e dar resposta ao chamado. Com 16 anos, Tiago é recebido no Seminário de Alba. Desde logo se encontra com aquele que para ele será pai, guia, amigo e conselheiro por 46 anos: o cônego Francisco Chiesa.
No final do Ano Santo de 1900, já estimulado pela encíclica de Leão XIII Tametsi futura (Ainda que se trate de coisas futuras), Tiago vive a experiência decisiva de sua existência. Na noite de 31 de dezembro de 1900, noite que divide os dois séculos, põe-se a rezar por quatro horas diante do Santíssimo Sacramento e, na luz de Deus, projeta o seu futuro. Uma “luz especial” veio ao seu encontro, desprendendo-se da Hóstia e a partir daquele momento ele se sente “profundamente comprometido a fazer alguma coisa para o Senhor e para as pessoas do novo século”: “o compromisso de servir à Igreja”, valendo-se dos novos meios colocados à disposição pelo engenho humano.
A trajetória do jovem Alberione assim prossegue abalizadamente ao longo dos anos de estudo da filosofia e da teologia. No dia 29 de junho de 1907 foi ordenado sacerdote. Como passo seguinte, uma breve, mas significativa experiência pastoral em Narzole (Cuneo), na qualidade de vice-pároco. Lá encontra o bem jovem José Giaccardo, que para ele será o que foi Timóteo para o Apóstolo Paulo. Ainda em Narzole, Padre Alberione amadurece sua reflexão sobre o que pode fazer a mulher engajada no apostolado.
No Seminário de Alba desempenha o papel de Diretor Espiritual dos seminaristas maiores (filósofos e teólogos) e menores (estudantes do ensino médio), e de professor de diversas disciplinas. Dispõe-se a pregar, a catequizar, a dar conferências nas paróquias da diocese. Dedica também bastante tempo ao estudo da realidade da sociedade civil e eclesial do seu tempo e às novas necessidades que se projetam.
Conclui que o Senhor o convoca para uma nova missão: pregar o Evangelho a todos os povos, segundo o espírito do Apóstolo Paulo, usando os modernos meios da comunicação. Justificam essa direção os seus dois livros: Apontamentos de teologia pastoral (1912) e A mulher associada ao zelo sacerdotal (1911-1915).
Essa missão, para ser desenvolvida com carisma e continuidade, deve ser assumida por pessoas consagradas, considerando-se que “as obras de Deus se edificam mediante as pessoas que são de Deus”. Desse modo, no dia 20 de agosto de 1914, enquanto em Roma morria o sumo pontífice, Pio X, em Alba, o Padre Alberione dava início à “Família Paulina” com a fundação da Pia Sociedade São Paulo. O começo é marcado pela extrema pobreza, em conformidade com a pedagogia divina: “inicia-se sempre no presépio”.
A família humana — na qual o Padre Alberione se inspira — é constituída por irmãos e irmãs. A primeira mulher a seguir o Padre Alberione é uma moça de vinte anos, de Castagnito (Cuneo): Teresa Merlo. Com o apoio dela, Alberione dá início à congregação das Filhas de São Paulo (1915). Pouco a pouco, a “Família” cresce, as vocações masculinas e femininas aumentam, o apostolado toma seu curso e assume sua forma.
Em 1918 (dezembro) registra-se o primeiro envio das “filhas” para Susa: inicia-se uma história muito corajosa de fé e de empreendimento, que gera também um estilo característico, denominado (estilo) “paulino”. Essa trajetória parece passar por uma solução de continuidade em 1923, quando o Padre Alberione adoece gravemente e o diagnóstico médico não sugere um quadro de esperanças. Mas o Fundador, milagrosamente, retoma o caminho: “Foi São Paulo quem me curou”, dirá em seguida. A partir daquele período aparece nas capelas paulinas a inscrição que em sonho ou em revelação o Divino Mestre dirige ao Fundador: Não temam — Eu estou com vocês - Daqui quero iluminar — Arrependam-se dos pecados.
No ano seguinte vem à luz a segunda congregação feminina: as Pias Discípulas do Divino Mestre, para o apostolado eucarístico, sacerdotal e litúrgico. Para orientá-las na nova vocação, Padre Alberione chama a jovem Irmã M. Escolástica Rivata, que morrerá nonagenária, em odor de santidade.
No âmbito apostólico, o Padre Alberione promove a imprensa com edições populares dos Livros Sagrados e aponta para as formas mais rápidas de fazer chegar a mensagem de Cristo aos que estão distantes: os periódicos. Em 1912 já havia sido lançada a revista Vita pastorale endereçada aos párocos; em 1931 surge a Família Cristã, revista semanal com a finalidade de dar alimento para a vida cristã das famílias. Seguirão ainda: La Madre di Dio (1933), “para desvendar as belezas e as grandezas de Maria”; Pastor Bonus (1937), revista mensal em língua latina; Via, Verità e Vita (1952); revista mensal para o conhecimento e o ensino da doutrina cristã; La Vita in Cristo e nella Chiesa (1952), com o objetivo de fazer “conhecer os tesouros da liturgia, difundir tudo aquilo que for relativo à liturgia, viver a liturgia segundo a Igreja”. O Padre Alberione também pensa nos rapazes. Para eles publica Il Giornalino.
Põe também mãos à obra para a construção do templo de São Paulo em Alba. Virão depois os dois templos a Jesus Mestre (em Alba e em Roma) e o santuário à Rainha dos Apóstolos (Roma). O intuito é o de sair dos limites locais e das fronteiras nacionais. Em 1926 abre-se a primeira Casa filial em Roma, seguida nos anos posteriores por muitas fundações na Itália e em outros países.
Ao mesmo tempo cresce o edifício espiritual: o Fundador inculca o espírito de dedicação mediante “devoções” de grande peso apostólico: a Jesus Mestre e Pastor “Caminho, Verdade e Vida”; a Maria Mãe, Mestra e Rainha dos Apóstolos; a São Paulo apóstolo. É exatamente a referência ao Apóstolo que caracteriza na Igreja as novas instituições como “Família Paulina”. A meta que o Fundador quer que seja assumida como desafio primordial, é a conformidade plena com Cristo: abraçar por inteiro o Cristo Caminho, Verdade e Vida em toda a pessoa, mente, vontade, coração e forças físicas.
Diretriz sintetizada em um pequeno volume:


Donec formetur Christus in vobis (1932).



Em outubro de 1938, Padre Alberione funda a terceira congregação feminina: as Irmãs de Jesus Bom Pastor ou “Pastorinhas”, que se dedicam ao apostolado pastoral destinado a auxiliar os Pastores.
Durante a paralisação forçada pela Segunda Guerra Mundial (1940-1945), o Fundador não se detém na sua jornada espiritual. Vai dando acolhida cada vez mais efetiva à luz de Deus em um clima de adoração e contemplação. São testemunhas disso os Taccuini (Os caderninhos de apontamentos) espirituais, nos quais o Padre Alberione anota as inspirações, os meios a adotar para dar uma resposta ao plano de Deus. E é nesse clima espiritual que começam as meditações que ele a cada dia faz para os filhos e filhas, as diretrizes para o apostolado, a pregação de numerosos retiros espirituais (sintetizados em outros tantos pequenos volumes). O desvelo do Fundador é sempre o mesmo: quer que todos entendam que “o primeiro cuidado da Família Paulina deve ser a santidade de vida, o segundo a pureza de doutrina”. Sob essa luz deve ser entendido o seu projeto de uma enciclopédia sobre Jesus Mestre (1959).
Em 1954, recordando o quadragésimo ano de fundação, o padre Alberione consentiu pela primeira vez que se escrevesse a respeito dele no volume Mi protendo in avanti (Lanço-me para frente) e cedeu à solicitação de publicar alguns dos seus apontamentos sobre as origens da fundação. Surgiu, então, o pequeno volume Abundantes divitiae gratiae suae (As abundantes riquezas da sua graça), que é considerado como a “história carismática da Família Paulina”.






Família que foi se completando entre 1957 e 1960, com a fundação da quarta congregação feminina, o Instituto Rainha dos Apóstolos para as Vocações (Irmãs Apostolinas) e dos Institutos de vida secular consagrada: São Gabriel Arcanjo, Nossa Senhora da Anunciação, Jesus Sacerdote e Sagrada Família. Dez Instituições (inclusive os Cooperadores Paulinos) unidas entre si pelo mesmo ideal de santidade e de apostolado: o anúncio de Cristo Caminho, Verdade e Vida ao mundo, mediante os instrumentos da comunicação social.

Nos anos de 1962-1965, o Padre Alberione é protagonista silencioso, mas atento do Concílio Vaticano II, cujas sessões ele participa diariamente. Nesse meio tempo não faltam tribulações nem sofrimentos: a morte prematura dos seus primeiros colaboradores, Timóteo Giaccardo e Tecla Merlo; a preocupação constante com as comunidades do exterior em dificuldade e, pessoalmente, uma crucificante escoliose, que o incomoda dia e noite.
Padre Alberione viveu 87 anos. Executou a obra que Deus lhe confiou. No dia 26 de novembro de 1971 deixou a terra para assumir o seu lugar na Casa do Pai. As suas últimas horas tiveram o conforto da visita e da bênção do papa Paulo VI, que jamais ocultou a sua admiração e veneração pelo Padre Alberione. É sempre comovente o testemunho que deu na Audiência concedida à Família Paulina em 28 de junho de 1969 (o Fundador tinha 85 anos):
«Aí está ele: humilde, silencioso, incansável, sempre vigilante, sempre entretido com os seus pensamentos, que se mobilizam entre a oração e a ação, sempre atento para perscrutar os “sinais dos tempos”, isto é, as mais geniais formas de alcançar as pessoas. O nosso Padre Alberione deu à Igreja novos instrumentos para manifestar-se, novos meios para dar vigor e amplitude ao seu apostolado, nova capacidade e nova consciência da validade e da possibilidade da sua missão no mundo moderno e com os meios modernos. Permita, caro padre Alberione, que o papa goze desse longo, fiel e incansável combate e dos frutos por ele produzidos para a glória de Deus e para o bem da Igreja».

O processo de beatificação percorreu um longo caminho. Após a morte de Alberione (1971), foram apresentados à Igreja documentos sobre sua vida, sua missão apostólica e suas fundações, assim como documentos sobre sua santidade. Baseados em um meticuloso exame desses elementos e reconhecidas as virtudes praticadas em grau heróico pelo servo de Deus, padre Tiago Alberione, o papa João Paulo II, em 25 de junho de 1996, declarou-o "venerável". Passaram-se sete anos à espera de um milagre que fosse reconhecido como autêntico pela Igreja. E o milagre chegou. A cura milagrosa atribuída ao padre Tiago Alberione, que o conduziu à beatificação, salvou Maria Librada Gonzáles Rodriguez, uma mexicana de Guadalajara. Em 1989, ela foi internada por causa de uma insuficiência respiratória provocada por uma tromboembolia pulmonar, com muitas crises. Pedindo a Deus a cura por intercessão de padre Alberione, doze dias depois teve alta. A cura foi reconhecida pela Congregação das Causas dos Santos, após a declaração da comissão médica que considerava a recuperação de Maria rápida, completa, duradoura e não-explicável à luz da ciência.
E o dia da beatificação chegou: 27 de abril de 2003.
No momento de sua morte, disse o Padre Alberione:
"Estou morrendo...Paraíso. Estou rezando por todos. Ave Maria... Ave Maria!"