sábado, 26 de maio de 2012

Celebração da Rainha dos Apóstolos

A Família Paulina reuniu-se, sábado,  dia 26 de maio, solenidade de Maria Rainha dos Apóstolos, na Paróquia Santo Inácio para celebrar a Mãe.






Na Eucaristia, Pe. Antonio Lúcio, ssp, fez a seguinte Homilia:


 FESTA DE MARIA MÃE, MESTRA E RAINHA DOS APÓSTOLOS

São João apresenta, nesta página do Evangelho (Jo 19,25-27), uma cena que conseguimos visualizar muito bem. No centro está Jesus pregado na cruz. As demais pessoas são os soldados e quatro mulheres, provavelmente mencionadas pelo Evangelista em contraste com os soldados. Estes são incrédulos e elas creem em Jesus, sabem quem ele é. E também está presente o discípulo que Jesus amava.
“Mulher, este é o teu filho”. É a segunda vez que a mãe de Jesus aparece no Evangelho de João. A primeira vez foi em Caná da Galileia. Este é um dado importante, pois Maria está presente no início e no fim da vida pública de Jesus.  As palavras que Jesus dirige à sua mãe não podem ser entendidas somente pela sua preocupação lógica, e humanamente compreensível, de proporcionar-lhe um apoio humano agora que ele estava para morrer e ela ficaria sozinha, pois já era viúva de São José.
Sabemos que estas palavras de Jesus têm um significado muito mais profundo. Quando chegou a hora de Jesus – e essa hora chegou no momento da cruz – se destaca uma peculiar e estreitíssima relação entre ele e ela, bem mais forte que a simples relação filho-mãe. Esta relação, daqui por diante, será ampliada. Doravante ela será mãe de todos os homens e mulheres, por quem o seu Filho está entregando a sua vida. Ela assume aos pés da cruz de Jesus, sua nova missão: ser mãe da humanidade!
Também as palavras de Jesus dirigida ao discípulo amado são significativas: “Esta é a tua mãe”. Daquele momento em diante, aos pés da cruz de Jesus, ele representa a todas as pessoas que seguem Jesus.
O Bem-aventurado Tiago Alberione, fundador da Família Paulina, comenta esta página evangélica de forma muito simples e sintética, porém extremamente profunda. Afirma ele: “Aos pés da cruz, Maria aprendeu do Filho a dura e suave lição, isto é, como se ama, até que ponto se ama, o que sugere o amor: sacrificar-se. Bastou a presença de Maria para consolar Jesus. Nenhuma palavra, nenhum lamento, nenhuma queixa contra os carrascos, mas forte na dor, ela participa da paixão de Jesus firme, de pé, junto à cruz”.
Fundador de uma Família Apostólica, a Família Paulina, o Bem-aventurado Tiago Alberione sentiu de modo especial a presença da Mãe de Deus em suas atividades apostólicas, e convidou suas Congregações a venerá-la com o titulo de “Rainha dos Apóstolos”. Em Roma dispôs as casas mais importantes da Família Paulina ao redor de um Santuário que ele mesmo construiu e dedicou à Rainha dos Apóstolos (1954), como homenagem filial à Protetora de toda sua obra. Fez muitas considerações sobre a Virgem-Mãe, enfocando-a sob o aspecto de Rainha dos Apóstolos: portadora de Cristo integral, e, portanto, exemplo máximo de “apostolado”.
O título "Rainha" não tem nada ver com "realeza", no sentido que damos hoje. O sentido de "Rainha" corresponde ao de "Rei", atribuído a Jesus. Jesus é Rei, porque veio instaurar o "Reino de Deus", o reino de amor e de justiça que gera relações de fraternidade. Maria é Rainha porque se faz "serva de Deus" e contribui de maneira decisiva para o anúncio do Reino, ao trazer Jesus ao mundo. Com seu exemplo de plena disponibilidade à vontade de Deus, Maria se torna "Mestra" de todos os apóstolos. Por isso, na espiritualidade da Família Paulina, Maria é invocada não só como Rainha, mas também como Mãe e Mestra dos apóstolos.
Sabemos que a visão de Pe. Alberione sobre Maria, sua “vida de fé”, sua “autêntica espiritualidade Mariana”, está toda ela centrada no título de “Rainha dos Apóstolos”: “Rainha dos Apóstolos quer dizer aquela que trouxe o Cristo físico ao mundo, e aquela que forma e nutre o Cristo místico: a Igreja. Ela é a verdadeira apóstola; com Jesus Cristo e dependente dele. Todos os demais apóstolos participam do apostolado de Jesus e de Maria” (Pe. Alberione).
Maria, a mãe de Jesus, sob o título "Rainha dos Apóstolos", ocupa lugar especial na espiritualidade paulina. A imagem de Maria, ideada por Pe. Tiago Alberione, espelha o seu significado. Ela está segurando Jesus, porém, não o retém para si, mas o oferece ao mundo. O nosso Bem-aventurado Fundador quis mostrar com esse gesto que a missão do apóstolo é a mesma de Maria, ou seja, consiste em ter Jesus consigo e em oferecê-lo ao mundo através do seu apostolado.
Um lembrete importante, sobretudo para nós, membros da Família Paulina. Ele chega até nós através das palavras do Pe. Alberione: “Para que o apostolado produza frutos, é moralmente preciso que seja acompanhado pela devoção a Maria. Infeliz daquele que, com o passar dos anos, perde ou deixa esfriar em si a devoção a Maria” (HM, II, 1, 69). 
Sigamos os passos de Maria e para concluir elevemos à nossa Mãe, Mestra e Rainha dos Apóstolos, através das palavras do Bem-aventurado Tiago Alberione, nosso pedido: “Maria leva-nos a conhecer Jesus de acordo com o tempo, a situação e as ocupações. Maria, modelo de todo discípulo de Jesus, obtende-nos a vossa docilidade. Afastai de nós o orgulho, os preconceitos, a obstinação, as paixões que endurecem o coração e obscurecem a inteligência. Maria, Mãe e discípula do Mestre, guiai-nos em vosso caminho”.
Maria Mãe, Mestra e Rainha dos Apóstolos, rogai por nós!