terça-feira, 18 de maio de 2021

Devoção mariana do Padre Alberione


As primeiras experiências da devoção mariana de Tiago Alberione aconteceram na família onde se recitava diariamente o Rosário.
Nossa Senhora do Rosário


À Senhora do Rosário era dedicado o arco do Belvedere em Cherasco.
À Rainha do Rosário era consagrada uma bela Igreja da cidade, Santa Maria do Povo.
A recitação do Rosário foi para o pequeno Alberione a "escola evangélica" por excelência, da qual falará frequentemente como pastor e fundador. Escola de mentalidade cristã, de santidade e de espírito missionário.

A Senhora das Flores
Mamãe Teresa consagrou seus filhos a Nossa Senhora das Flores. Alberione escrevia em 1956:  "Mamãe nos tinha consagrado todos a Maria, Rainha das Flores, apenas recém-nascidos".
O Santuário da Senhora das Flores, em Bra, lembra o lugar onde uma jovem - Egidia Mathis -, assediada por soldados franceses, tinha invocado a Virgem e fora prodigiosamente defendida.

Em "Mihi vivere Christus est" Alberione fala de uma promessa feita a ela, aos 9 anos, para que fosse promovido na escola. Como fora promovido, a mãe lhe disse: "Devagar em prometer! Seja generoso em cumprir. Vá e não acenda uma vela pequena" (MV 114).

La Madonnina
A bem-aventurada Virgem das Graças em Cherasco 
(A Senhorinha = Madonnina)
Sabe-se por informações de Tômalin, o último irmão de padre Alberione: "Fui muitas vezes à Missa com Tiaguinho, também nos dias de semana e sempre nos dias festivos. Íamos a São Martinho e outras vezes à Madonnina". Em 1912, deu-se o início do apostolado das edições com a impressão do livro A bem-aventurada Virgem das Graças em Cherasco.

Madonna della Moretta
Ao sul de Alba
O Santuário foi um lugar mariano muito caro ao padre Alberione. Sacerdote e Fundador, ele foi frequentemente pedir a Maria luz, força, ajuda nos momentos difíceis.
Em 12 de setembro de 1913, último dia do tríduo, o senhor teólogo foi convidado a pregar no Santuário della Moretta. Falou sobre "Maria tem como principal apostolado o de dar Jesus ao mundo". Dom José Re, bispo de Alba, estava presente neste dia, e encarregou Alberione para cuidar da imprensa diocesana, a qual abriu o caminho ao apostolado. (cf AD 30). "Dali todo o desenvolvimento" (CISP 179). Soara a "hora de Deus". Menos de um ano depois, 20 de agosto de 1914, padre Alberione iniciava a Família Paulina.

Imaculada
Uma outra forma de piedade cara ao jovem Alberione foi a devoção à Imaculada. A festa era recente e evocava muitos significados: doutrinais, pedagógicos, apostólicos. À Imaculada era dedicada a capela do Seminário de Bra. Diante daquela branca estátua Tiago viveu o seu "mistério pascal" na primavera de 1900, quando foi demitido do Seminário. No seu Diário Juvenil ele mesmo testemunha: "anos turbulentos, fatais para meu instinto que aspirava à grandeza. Mas, Maria me salvou!"
Glórias de Maria
O encontro de Alberione com Santo Afonso de Liguori (1696-1787) deu-se sobretudo mediante as Glórias de Maria e as práticas por ele sugeridas "para conquistar a devoção a Maria". Isto se revelará depois na catequese e na atividade editorial de Alberione. Por exemplo, quando promoverá a contínua reimpressão de escritos afonsianos.


Tratado da verdadeira devoção a Maria
Outro mestre da piedade mariana de Alberione foi Grignion de Monfort (1673-1716) do qual Alberione apreende o senso austero, exigente e missionário da "perfeita devoção a Maria" e da perfeita consagração a Jesus Cristo, com a determinação de fazer "tudo com Maria, por Maria e em Maria".
Magistério da Igreja - Leão XIII
Alberione descobre o magistério iluminado do papa Leão XIII (1810-1903). Das suas numerosas encíclicas, duas sobretudo tiveram um influxo determinante na formação de Tiago Alberione:

Adiutricem populi christiani sobre Nossa Senhora (1895) e

Tametsi futura sobre Jesus e a salvação do novo século (1900).

A primeira foi reveladora para a sua compreensão de Maria como "Mãe, Mestra e Rainha dos Apóstolos".

A segunda, pela sua visão de Cristo como inspirador de uma nova cultura cristã, "Mestre" do pensamento, da moral, da oração, porque só ele é "o Caminho, a Verdade e a Vida"(Jo 14,6).

Mãe do Bom Conselho
Inspiradora de todo este caminho de formação em Alba era a Mãe do Bom Conselho, à qual era dedicada a capela do Seminário, e  cuja imagem (a Virgem com o Menino nos braços) inspirará de alguma forma o futuro quadro da Rainha dos Apóstolos.

Mãe da Divina Graça
Em 1922 o Fundador teve um sonho. Viu a Nossa Senhora aureolada de luz que lhe dizia: "Sou a Mãe da divina Graça".

Nossa Senhora de Langa, em Benevello
Santuário da cura
É um Santuário dedicado à Virgem da Anunciação.
Em junho de 1923, Padre Alberione adoeceu gravemente. Tinha 39 anos. "Acrescente-se a saúde precária. "não o salvareis. A tuberculose toma conta dele", diziam ao bispo..."(AD 112). Os médicos haviam lhe dado 18 a 24 meses de vida. Para se recuperar foi hospedar-se na casa paroquial  de Benevello. Padre Alberione permaneceu em Benevello até os primeiros dias de setembro, perfeitamente curado. Os mais antigos do lugar recordam das frequentes visitas que padre Alberione fazia ao Santuário, recitando o rosário pelo caminho até a capela da Senhora de Langa.
Em seguida, Alberione contou sobre o sonho em que lhe apareceu o Divino Mestre confirmando o Instituto recém-iniciado, dando-lhe o programa de vida: "Não tenham medo. Eu estou convosco - Daqui quero iluminar - Tenham arrependimento dos pecados".

Santuário da Rainha dos Apóstolos
Coração mariano da Família Paulina, em Roma

Santuário “Rainha dos Apóstolos”, obra monumental, fruto de uma 

promessa feita no início da Segunda Guerra Mundial: 

“Ó Maria, Mãe e Rainha dos Apóstolos, se salvardes a vida dos 

e das  nossas, construiremos aqui a igreja em louvor ao vosso 

nome”.

Ele mesmo recordou esse fato a 8 de dezembro de 1954, dia 

conclusivo  da dedicação do Santuário (cf. CISP 595s).


O Santuário é constituído de três planos:

1º 
       Subcripta  


Entrada

Altar dedicado à Santíssima Trindade
"Por Ele, com Ele e nEle,
a ti, Deus Pai, todo poderoso,
na unidade do Espírito Santo,
toda honra e toda a glória
por todos os séculos dos séculos
Amém."

Capela
Santíssima Trindade, atrás do altar principal



Não temais

Urna do Pe. Alberione _ à esquerda

Urna de Mestra Tecla - à direita

  Criação

Criação do homem e da mulher

Pentecostes, a Igreja
Maria coroada Rainha


2
CRIPTA




 As mulheres da Aliança


 

 Esculpidos do lado do altar principal


Apocalipse

Profetas
Jeremias e Miquéias
Moisés e Isaias

Urna do bem-aventurado Giaccardo


3
Santuário

 Altar principal

Azulejo: Maria Rainha dos Apóstolos


Jesus Divino Mestre

São Paulo Apóstolo

Piso - sinal de onde caiu a bomba


 Cúpula: Mãe da Humanidade (Santagata)


Bem-aventurado Tiago Alberione


 

segunda-feira, 17 de maio de 2021

Espiritualidade do Santuário Rainha dos Apóstolos



A “Espiritualidade do santuário”, é assim descrita pelo Padre João Roatta, em seu livro Jesus Mestre (o Fundador a fez sua, transcrevendo um pequeno trecho no opúsculo Maria: Discípula e Mestra, dezembro de 1959: cf. CISP 1350):
“Este santuário surge no centro das casas paulinas, constituindo o coração de toda a instituição. As várias famílias residentes em Roma passam por aí durante o dia todo e também nas horas noturnas, na maravilhosa cripta, para o contato vital com o Mestre, vivo no tabernáculo. A realidade muito simpática é esta: as famílias paulinas vão ao santuário receber Jesus do seio da Virgem-Mãe. Esta obra-prima arquitetônica, que é o santuário da Rainha dos Apóstolos, cria um esplêndido ambiente mariano. O tabernáculo onde reside o Mestre nasce sobre um altar de onde surge uma solene obra artística da Virgem: de um lado a imagem da Imaculada, em contraste com o pecado original; do outro lado, Maria emerge da criação, “primogênita antes de toda criatura”, como obra-prima da Criação, como flor do universo: uma bela flor esculpida próxima da Virgem reforça este pensamento. Da flor, o fruto: de fato, no tabernáculo encontramos o fruto do seio da Virgem, Jesus, o formador das pessoas...”


O Santuário é o fruto da fidelidade a uma promessa feita no início da desastrosa Segunda Guerra Mundial, com seus 55 milhões de mortos. No entanto, nenhum membro da Família Paulina morreu por causa do conflito. De fato, “o lugar da promessa está mais ou menos no centro da igreja construída; e está demarcado no círculo assinalado no pavimento e circunscrito pelas palavras lapidares: ‘No final do ano mariano – saídos incólumes da terrível guerra – os filhos oferecem à Mãe, em cumprimento da sua promessa – a 8 de dezembro de 1954’” (CISP 596).

O Fundador traçou o esquema inicial e seguiu atentamente todas as fases do projeto e da realização arquitetônica; deu o tema aos artistas, conduzindo-os espiritualmente na árdua tarefa; toda a estrutura tem, como alma, um tema doutrinal vastíssimo e unitário: “Maria, mãe espiritual da humanidade”.
O projeto foi do arquiteto Leo Favini e do engenheiro José Forneris, que realizou também a obra; colaboraram para a decoração algumas entre as mais expressivas figuras da arte italiana: o professor Santágata firmou os afrescos da grande cúpula; o mosaico da cripta é do professor Pedro Gaudenzi; os escultores, Teófilo Raggio e Attilio Selva, autores dos baixosrelevos, dos frontais etc.; o grande ícone da Rainha dos Apóstolos é obra do professor Henrique Gaudenzi e do professor Sérgio Sala.

O Santuário, porém, tem objetivos bem claros, descritos pelo Fundador no dia da Dedicação do Santuário, na fervorosa “hora de adoração” (8 de dezembro de 1954):
1.Centro de oração para as vocações: “Vocações para todos os apostolados, vocações para todos os
Institutos religiosos, vocações para todos os seminários...”
2. O dom do Espírito sobre nós, apóstolos: “Para estes operários do Evangelho, obtende o Espírito Santo que é o Espírito de Jesus. Seja renovada, para eles, a festa de Pentecostes”.
3. Frutos de vida, frutos de apostolado: “Assisti, acompanhai, aplainai os passos e assegurai abundantes frutos para estes operários do Evangelho”.
4. Fonte de apostolado completo: “O mundo somente será salvo se acolher Jesus, como Ele é: toda a sua doutrina, toda a sua liturgia”.
5. Abundância de graças: “Concede a todo aquele que entrar neste templo para pedir-te graças, que saia contente por ter sido atendido”.
6. Grande influência social: “Tu, ó Maria, tens uma missão social”, isto é, proteger a família, a sociedade religiosa, a Igreja, a sociedade das Nações, a verdadeira civilização.
7. Caminho do céu: os episódios da vida de Jesus e de Maria “indicam-nos por quais caminhos devemos passar, para chegarmos ao céu”.

Pontos para reflexão
– Cf. CISP 462-464; 589-600; 645; 1350-1351.
– R.F. Espósito, A dimensão cósmica ... pp. 40 ss.; 60ss.
– Cf. As orações da Família Paulina, pp. 235-260.
– Cf G. Perego, “O Santuário...” pp. 77-132. 188
Fonte: Catequese Paulina, p. 183-184

Maria é apóstola: deu Jesus ao mundo



“Ser-para-Cristo”: esta é a essência espiritual de Maria. Padre Alberione, organizador de obras apostólicas para tempos novos, perscruta atentamente, na Palavra de Deus, o sentido de “apostolado” e descobre em Maria a realização original e perfeita do objetivo apostólico específico de cada pessoa chamada: “gerar” e “formar” Cristo nas pessoas. 

Se o apostolado, em seu sentido integral, é gerar e fazer crescer o Cristo nos irmãos, Maria é a própria expressão do apostolado: ela gerou (= edidit) Cristo para o mundo. A partir dessa intuição, assume todo o seu valor o apostolado das edições, em sentido amplo: “Com o nome de ‘edição’ não entendemos apenas um livro; entendemos outras coisas. A palavra “edição” tem muitas conotações: edição do periódico, edição de quem prepara o script para o filme, de quem prepara o programa para a televisão, de quem prepara as mensagens a serem comunicadas por meio do rádio. ‘Edidit nobis Salvatorem’, diz a Liturgia. A Virgem nos deu o Salvador. Usa o verbo ‘edidit’” (Pr 1954, 137). 

1. Antes de tudo, Maria “sempre traz Jesus, como um ramo traz o fruto, oferecendo-o às pessoas” (CISP 38). Ela “irradia” Jesus. O verbo “irradiar” indica a 172 natureza do apostolado, que é sempre e acima de tudo “recepção”, “assimilação” e “testemunho” do Cristo anunciado e dado (RdA 17). Sabemos que isso tem para Maria um sentido muito mais profundo do que possa tê-lo para qualquer apóstolo e santo. Descrevendo o apóstolo, Padre Alberione delineia estas características: 

• é um santo que acumula tesouros, comunicando o excedente às pessoas; 
• traz Deus no próprio ser, irradiando-o em torno de si; 
• ama de tal modo a Deus e aos seres humanos que não pode guardar para si tudo o que sente e pensa; 
• ostensório que contém Jesus Cristo e expande uma luz inefável ao seu redor; 
• é um vaso de eleição que derrama, porque transbordante, e de cuja plenitude todos podem se beneficiar; 
• é um templo da Santíssima Trindade, a qual é extremamente operante; transpira Deus por todos os poros. 

E conclui: “Ora, com esse retrato, examinai a face de pessoas próximas ou distantes: reconheceis nelas o apóstolo? Em grau máximo, com inacessível semelhança, este é o rosto de Maria” (RdA 34-35). Agostinho chamará Maria de “forma Dei”: a sua maternidade é funcional e constitutiva para a Igreja de todos os tempos. 

2. Maria nos dá Jesus Mestre, Caminho, Verdade e Vida. E no-lo dá todo inteiro. A sua ação não se esgota no “dar Jesus”, mas pretende formá-lo nas pessoas. 

Eis por que Maria “forma e alimenta o Corpo místico”, tornando-se, assim, o modelo de todo apostolado: “Maria nos deu Jesus: nele, todos os bens e o bem todo. Os santos e os corações apostólicos têm o apostolado dividido; Maria o possui todo inteiro. Ela é a apóstola universal no espaço, nos tempos, nos indivíduos. Os apostolados e os apóstolos agem em tempos e lugares próprios; Maria age sempre; age em todo lugar; e tudo chega até nós por meio de Maria. Esta é a sua vocação, a sua missão: dar Jesus Cristo” (RdA 20). 

Eis por que Padre Alberione, referindo-se ao ensinamento de São Pio X, afirma que por Maria será realizada a “cristianização do mundo”; este é o caminho “mais fácil e seguro” para a conversão de todos: não só enquanto anunciamos Maria, sempre e para todos, mas enquanto ela é acolhida na vida de cada um (RdA 24ss). 

Pontos para reflexão 
– A vida grita sempre mais forte do que as palavras que pronunciamos e do que as obras que fazemos. Portanto, o apóstolo primeiro é, e depois faz. Cf. Mt 4, 18-22: Mc 1,17: Lc 24,48: Jo 15,27; 20,21-23; At 4,33; 1Cor 3,5-15; 2Cor 12,12; Ef 6,19s.; Cl 1,25-29; 2Tm 1,11; 2,15.

 – No livro de Padre Alberione, Maria Rainha dos Apóstolos, encontramos numerosas descrições do apostolado de Maria: cf. as páginas 14, 20, 34-35, 88, 237, 251-253, 272; além disso, cf. UPS IV, 267-268; HM VIII, 78-79, 192-193; CISP 1044, 1476; Pr RA 229. 

sábado, 30 de maio de 2020

Festa da Rainha dos Apóstolos 2020







Missa da devoção da Família Paulina, Maria Rainha dos Apóstolos, transmitida on-line, sob a presidência do provincial dos padres Paulinos, Pe. Claudiano Avelino dos Santos. Dia 30 de maio de 2020.

segunda-feira, 1 de outubro de 2018

Intenção pela Evangelização do Papa para o mês de outubro 2018

Rezar o terço nas intenções:
Pela evangelização: A missão dos consagrados
Para que os consagrados e as consagradas reavivem o seu fervor missionário e estejam presentes entre os pobres, os marginalizados e aqueles que não têm voz.

quarta-feira, 9 de maio de 2018

História de Nossa Senhora de Fátima


O Santuário de Fátima,  intitulado pela Igreja Católica como Santuário de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, é um santuário mariano dedicado a Nossa Senhora de Fátima, localizado em Fátima, Portugal, na cidade Cova da Iria, Fátima. 

O Santuário de Fátima é local de peregrinação, que faz memória do seu acontecimento fundante, as aparições de Nossa Senhora aos três pastorzinhos. O acolhimento pastoral dos peregrinos é elemento primordial da sua missão.
 

O apelo da Igreja

Em maio de 1917 o Papa Bento XV, em meio a Primeira Guerra Mundial, convocou todos os católicos para se unirem em oração e pedirem a Nossa Senhora que intercedesse na guerra e trouxesse paz para aquele momento. E foi a partir daí que começa a história de Nossa Senhora de Fátima.

História de Nossa Senhora de Fátima

Oito dias após a convocação do Papa, em resposta as orações, Nossa Senhora de Fátima fez sua primeira aparição em 13 de maio de 1917 na pequena aldeia de Fátima em Portugal. Em um local chamado “Cova de Iria”. Ela apareceu para três pequenos pastores: Lúcia, Francisco e Jacinta.
Era cerca de meio-dia. Eles brincavam pelo campo, enquanto cuidavam de um pequeno rebanho quando pararam para rezar o terço, como já era costume. Queriam voltar logo para a brincadeira e por isso rezaram à moda deles e rapidamente voltaram para o campo e foi quando viram um clarão bem similar ao de relâmpagos.

Acharam que ia chover e por isso se recolheram para ir embora e foi quando viram um segundo clarão em cima da copa de uma árvore (chamada azinheira). Em seguida viram Nossa Senhora de Fátima. Amedrontados, quiseram correr, mas Nossa Senhora logo os tranquilizou e pediu que não tivessem medo, pois ela vinha do Céu.

Segundo relato dos próprios pastorzinhos,  era de uma “Senhora mais brilhante que o Sol”, e em suas mãos pendia um Rosário. Serena e tranquila disse às crianças:

“Vim para pedir que venham aqui seis meses seguidos, sempre no dia 13, a esta mesma hora. Depois lhes direi quem sou e o que quero. Em seguida, voltarei aqui ainda uma sétima vez.”

E as aparições aconteceram sete meses seguintes conforme o prometido.

Antes de ir embora, Nossa Senhora  ainda recomendou:

“Rezem o Terço todos os dias, para alcançarem a paz para o mundo, e o fim da guerra.”


As aparições de Nossa Senhora de Fátima

As aparições continuaram nos meses seguintes e mesmo em meio a perseguições, maus tratos e acusações de serem mentirosos, Lúcia, Francisco e Jacinta estavam na Cova de Iria para esperar por Nossa Senhora. Tanto que, na segunda aparição, havia apenas 50 pessoas os acompanhando.

Mas isso foi mudando e na terceira aparição prometeu um milagre para que o povo acreditasse nas crianças. E na última aparição, em 13 de outubro, o milagre aconteceu. Haviam com eles mais de 70.000 pessoas e em meio a multidão, do meio das nuvens negras, o sol surgiu e começou a girar sobre si mesmo como se fosse uma imensa bola de fogo.

E foi também nessa última aparição que Nossa Senhora em Fátima revelou ser a “Senhora do Rosário” e pediu que ali fosse construída uma capela em sua homenagem.

Segredos de Fátima

Na terceira aparição de Nossa Senhora  em Fátima foi revelado a Lúcia um segredo constituído de três partes que seriam reveladas posteriormente nas demais aparições. São eles, nas próprias palavras de Lúcia:
1ª parte - A visão do Inferno
“Nossa Senhora mostrou-nos um grande mar de fogo que parecia estar debaixo da terra. Mergulhados em esse fogo, os demônios e as almas, como se fossem transparentes e negras ou bronzeadas, com forma humana, que flutuavam no incêndio levadas pelas chamas que delas mesmas saíam juntamente com nuvens de fumo, caindo para todos os lados, semelhante ao cair das faúlhas em grandes incêndios, sem peso nem equilíbrio, entre gemidos e gritos de dor e desespero que horrorizava e fazia estremecer de pavor.

Os demônios distinguiam-se por formas horríveis e asquerosas de animais espantosos e  desconhecidos, mas transparentes e negros.

Esta vista foi um momento, e graças à nossa boa Mãe do Céu, que antes nos tinha prevenido com a promessa de nos levar para o Céu (na primeira aparição)! Se assim não fosse, creio que teríamos morrido de susto e pavor”.

2ª parte - Devoção ao Imaculado Coração de Maria

“Nossa Senhora me disse que nunca me deixaria e que seu Imaculado Coração seria o meu refúgio e o caminho que me conduziria a Deus. Ao dizer estas palavras  abriu as mãos, fazendo-nos penetrar no peito o reflexo que delas expedia.

Parece-me que, neste dia, este reflexo teve por fim principal infundir em nós um conhecimento e amor especial para com o Coração Imaculado de Maria; assim como das outras duas vezes o teve, me parece, a respeito de Deus e do mistério da Santíssima Trindade. Desde esse dia, sentimos no coração um amor mais ardente pelo Coração Imaculado de Maria”.

3ª parte - A última revelação do Segredo

“Depois das duas partes que já expus, vimos ao lado esquerdo de Nossa Senhora um pouco mais alto um Anjo com uma espada de fogo na mão esquerda; ao cintilar, despia chamas que parecia iam incendiar o mundo; mas apagavam-se com o contato do brilho que da mão direita expedia Nossa Senhora ao seu encontro:

O Anjo apontando com a mão direita para a terra, com voz forte disse: Penitência, Penitência, Penitência! E vimos numa luz imensa que é Deus: “algo semelhante a  pessoas num espelho quando lhe passam por diante” um Bispo vestido de branco “tivemos o pressentimento de que era o Santo Padre”.

Vários outros bispos, sacerdotes, religiosos e religiosas subiam uma escabrosa montanha, no cimo da qual estava uma grande Cruz de troncos toscos como se fosse de sobreiro com a casca; o Santo Padre, antes de chegar aí, atravessou uma grande cidade meio em ruínas, e meio trêmulo com andar vacilante, acabrunhado de dor e pena, ia orando pelas almas dos cadáveres que encontrava pelo caminho; chegado ao cimo do monte, prostrado de joelhos aos pés da grande Cruz foi morto por um grupo de soldados que lhe dispararam vários tiros e setas, e assim mesmo foram morrendo uns depois dos outros: os bispos, sacerdotes, religiosos e religiosas e várias pessoas seculares, cavalheiros e senhoras de várias classes e posições. Sob os dois braços da Cruz estavam dois Anjos cada um com um regador de cristal na mão, neles recolhiam o sangue dos Mártires e com ele regavam as almas que se aproximavam de Deus.”

A mensagem que fica e continua sendo atual até mesmo nos dias de hoje é que Nossa Senhora de Fátima veio nos lembrar que Deus existe, nos ama e pode nos salvar desse mundo devastado pela guerra e pela fome. Devemos ter fé e sempre lembrar de suas palavras quando tudo parecer perdido ou sem solução."

Santuário de Fátima

O Santuário de Fátima custodia a mensagem do acontecimento de Fátima. É sua missão o estudo e a difusão desta mensagem, trabalhada como meio de evangelização em Portugal e no mundo.

O Santuário de Fátima é, por vontade expressa da Sé Apostólica, um Santuário Nacional.

Fonte: www.fatima.pt