A 8 de outubro de 1969, Paulo VI afirmava: “Os mistérios do Rosário fazem, deste piedoso exercício mariano, uma meditação cristológica, habituando-nos a estudar Cristo do melhor ponto de observação, isto é, da própria Maria”.
A oração com a qual Padre Alberione se entreteve por mais tempo, durante toda a vida, foi a do Rosário: particularmente os últimos tempos de sua vida foram, via de regra, uma longa e ininterrupta sequência de rosários. O terço foi, certamente, seu instrumento mais precioso. Como Jesus, “começou a fazer, depois a ensinar”: uma abundante catequese sobre o Rosário, teve a intenção de inculcar em seu filhos e filhas a devoção a esta prática, recomendada por todos os papas.
Diversas vezes colocou no papel sugestões primorosas para uma meditação atenta dos quinze mistérios, indicando seu conteúdo e suas possíveis intenções. Basta ver “As orações da Família Paulina”, pp. 87-95; além disso, CISP 1461-1471.
A recitação do Rosário permanece sempre o grande segredo de todo progresso espiritual, de todo caminho para Deus: “...a recitação inteira seja tida como grande meio de progresso e grande segredo de alegria, força e luz” (CISP 108). 189 “O Rosário instrui e vivifica a fé. O Rosário é guia para a vida cristã. O Rosário obtém graças espirituais e materiais para o indivíduo, para a sociedade e para toda a humanidade” (CISP 1461).
“Existe devoção mais excelente do que esta? Ela é uma coroa de louvor, na qual o primeiro lugar é ocupado pela oração dominical que nos foi ensinada diretamente por Jesus Cristo... Segue-se a Ave-Maria... um louvor que deve subir até à Virgem como suave perfume... O ‘Glória ao Pai’... é um ato de agradecimento à Santíssima Trindade pelo grande benefício da Encarnação e da Redenção” (FM 179-180).
Muitas são as orações compostas pelo Fundador para honrar Maria Rainha dos Apóstolos. Entre todas, a “coroazinha do sábado”, nos seus cinco pontos repletos de amor e de sensibilidade apostólica; eles sugerem os mistérios de um Rosário que foi chamado de “o Rosário da Rainha dos Apóstolos”:
1º. mistério: Anunciação e Nascimento de Jesus: “Amabilíssima Rainha do céu e da terra, eu venero e louvo aquele privilégio único no mundo, pelo qual, agradando ao Senhor na tua humildade e fé, conservando a mais ilibada virgindade, tu te tornaste a grande Mãe do divino Salvador, nosso Mestre, luz verdadeira do mundo, sabedoria não criada, fonte e primeiro apóstolo da verdade...”
2º. mistério: Agonia e morte de Jesus: “Ó Maria, Rainha de todos os anjos... lembra-te do doloroso e solene instante em que Jesus agonizante na cruz te entregou João como filho e, através dele, todas as pessoas, especialmente todos os apóstolos”.
3º. mistério: Vinda do Espírito Santo no Cenáculo: “Ó Virgem puríssima… alegra-te pelos dias em que te 190 colocaste como Mestra, conforto e Mãe dos apóstolos no Cenáculo, para invocar e acolher o divino Paráclito, o Espírito com seus sete dons, Amor do Pai e do Filho, renovador dos apóstolos”.
4º. mistério: Assunção de Maria: “Ó nossa terna Mãe Maria... penso no glorioso momento em que deixaste a terra para lançar-te entre os braços benditos de Jesus. Foi a predileção onipotente de Deus que te chamou bela e imortal para o céu”.
5º. mistério: Coroação de Maria Virgem: “Ó Maria, estrela do mar, minha vida e rainha da paz... como foi grandioso e agradável o dia em que a augusta Trindade te coroou Rainha do céu e da terra, dispensadora de todas as graças e nossa mãe amabilíssima” (Orações 144-148).
Fonte: Catequese Paulina: 188-190
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